Nesta segunda-feira (30), o Ministério Público Federal (MPF) denunciou outras 225 pessoas por envolvimento com os atos golpistas do dia 8 de janeiro, em Brasília, quando bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Superior Tribunal Federal (STF).
Agora, o MPF chega ao total de 479 pessoas denunciadas pelos atos golpistas. Os 225 implicados hoje estavam acampados em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília (DF).
Segundo a denúncia do MPF, o acampamento bolsonarista apresentava "evidente estrutura a garantir perenidade, estabilidade e permanência" do grupo no QG do Exército.
Para garantir que os denunciados arquem com os custos da depredação das sedes dos Três Poderes, o Coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, o subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos solicitou que a sentença dos envolvidos, caso sejam condenados, preveja o pagamento de indenizações.
Assim como os primeiros 254, os 225 bolsonaristas denunciados hoje não responderão pelo crime de terrorismo, pois, na avaliação do subprocurador-geral, não "há crimes relacionados a xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião".
Tambpém nesta segunda, mais 40 presos em flagrante durante os atos golpistas tiveram seus bens bloqueados pela Justiça Federal do Distrito Federal. A decisão atendeu a um pedido da Advocacia- Geral da União (AGU).
Com esse novo grupo, 92 pessoas e sete empresas tiveram bens bloqueados por relação com os atos de 8 de janeiro até o momento. O valor chega a R$ 4,3 milhões.