Declarações recentes do ex-presidente Lula (PT) têm indicado que o petista mudou sua estratégia para rebater as acusações de corrupção feitas por seus adversários, principalmente por Jair Bolsonaro (PL).
A postura de Lula em relação à corrupção, principalmente após o debate entre presidenciáveis na TV Bandeirantes no último dia 28, vinha sendo considerada passiva. Na ocasião, ele focou em apenas explicar ter sido vítima de perseguição judicial e lembrou ser inocente aos olhos da Justiça.
Agora, o ex-presidente resolveu subir o tom e apontar para os casos de corrupção no governo Bolsonaro. Em entrevista à Rádio Clube, de Belém (PA), nesta quarta-feira (31), ele disparou: "o atual presidente não exigiu a investigação do Queiroz, dos filhos ou das denúncias da CPI contra o Pazuello. Ele não só coloca a sujeira embaixo do tapete como transforma em sigilo de 100 anos. (...) Nós fizemos o cartão corporativo ser transparente, e agora o cartão corporativo do presidente tem sigilo de 100 anos".
Lula não deixou de criticar a Lava Jato. "Foi levantada a maior calúnia da história do Brasil, possivelmente muito maior da que levou Getúlio Vargas à morte (...) A única justiça federal que me condenou foi a do Moro, a pedido do Dallagnol, porque havia interesse político de não permitir que eu fosse candidato em 2018. A impressa brasileira deveria reconhecer que foi enganada durante 5 anos por um juiz mentiroso e por um procurador que criou uma quadrilha de procuradores".
Video publicado pela equipe de campanha de Lula no Twitter também reforça uma atitude mais incisiva contra a corrupção.