Donald Trump foi eleito na quarta-feira (6) presidente dos Estados Unidos. O republicano derrotou a democrata Kamala Harris e retorna à Casa Branca em janeiro de 2025.
Durante sua campanha, o bilionário disse que traria "soluções" em relação à imigração, à economia e à guerra na Ucrânia.
Possivelmente, ele terá um apoio amplo para avançar com sua agenda política no Congresso, já que os republicanos conseguiram conquistar a maioria no Senado.
Durante o seu discurso a apoiadores em Palm Beach, pouco antes de sua vitória ser confirmada, Trump disse que seu lema de governo seria "promessa feita, promessa mantida".
No entanto, em alguns casos, ele deu poucos detalhes sobre como pretende atingir seus objetivos.
Veja as sete promessas principais da campanha de Donald Trump:
1 - Deportar imigrantes ilegais
Uma das promessas de Donald Trump mais abordadas durante a campanha é a deportação em massa de imigrantes ilegais dos Estados Unidos.
No mesmo tema, Trump se comprometeu a concluir a construção de um muro na fronteira com o México, iniciada durante sua primeira passagem pela Casa Branca.
2 - Medidas sobre economia, impostos e tarifas
Sobre a economia dos EUA, uma das questões centrais para os eleitores, Trump prometeu "acabar com a inflação" e fazer grandes cortes de impostos, expandindo sua reforma de 2017.
O presidente eleito também propôs tornar isentos de impostos os rendimentos de gorjetas (um pagamento quase "obrigatório" nos EUA), abolir o imposto sobre os pagamentos de seguridade social e reduzir o imposto corporativo.
Além disso, devem ser criadas novas tarifas de pelo menos 10% sobre a maioria dos produtos estrangeiros para reduzir o déficit comercial dos EUA. Importações da China poderiam ter uma tarifa adicional de 60%, segundo ele.
3 - Eliminar regulamentações climáticas
Uma das promessas de Trump é cortar regulamentações climáticas, como uma forma de ajudar a indústria automobilística americana.
Ele também se comprometeu a aumentar a produção de combustíveis fósseis nos EUA, prometendo "perfuração, perfuração, perfuração" no primeiro dia, em detrimento de fontes de energia renovável, como a eólica.
Trump quer abrir áreas como a região selvagem do Ártico para a extração de petróleo, argumentando que isso reduziria os custos de energia.
4 - Encerrar a guerra da Ucrânia
Trump prometeu acabar o conflito "em 24 horas", por meio de um acordo entre os dois países. O republicano, porém, não especificou o que acredita que cada lado deveria ceder.
A medida também vale para a guerra em Gaza. Trump quer que os EUA se desvinculem de conflitos estrangeiros em geral, e apesar de se posicionar em favor de Israel, deve pedir para que o país encerre sua operação.
5 - Sem proibição do aborto
Sobre o aborto, Trump defende que os Estados devem ser livres para decidir suas próprias leis sobre o assunto.
6 - Perdão a alguns manifestantes do 6 de janeiro
Trump afirmou que irá "liberar" alguns dos condenados pelos crimes cometidos durante o motim em Washington D.C. em 6 de janeiro de 2021, quando seus apoiadores invadiram o Capitólio na tentativa de impedir a vitória eleitoral de Joe Biden em 2020.
Várias mortes foram atribuídas à violência, a qual Trump foi acusado de incitar.
Ele tem trabalhado para minimizar a importância da invasão e retratar as centenas de apoiadores condenados como prisioneiros políticos.
Trump continua a afirmar que muitos deles estão "erroneamente presos", embora tenha reconhecido que "alguns deles, provavelmente, perderam o controle".
7 - Demitir o procurador especial Jack Smith
Trump prometeu demitir "em dois segundos" após assumir o cargo o promotor veterano que lidera duas investigações criminais contra ele.
O procurador especial Jack Smith indiciou Trump por ter tentado reverter a eleição de 2020 e por sua conduta irregular na guarda de documentos secretos.
Trump nega qualquer irregularidade e conseguiu impedir que qualquer um dos casos fosse a julgamento antes da eleição. Ele afirma que Smith o submeteu a uma "caça às bruxas política".
Trump retornará à Casa Branca como o primeiro presidente na história dos EUA com uma condenação criminal, tendo sido considerado culpado em Nova York por falsificação de registros empresariais.