A Corte Internacional de Justiça (CIJ), principal tribunal da ONU, determinou nesta sexta-feira (24) que Israel interrompa a ofensiva em Rafah, no sul de Gaza. A decisão do tribunal das Nações Unidas é considerada histórica e deve aumentar a pressão internacional sobre Israel, que há sete meses ataca o pequeno território palestino, tendo matado mais de 35 mil pessoas, a maioria de mulheres e crianças.
Israel deve "interromper imediatamente a ofensiva militar e qualquer outra ação em Rafah que imponha aos palestinos de Gaza condições de vida que possam provocar sua destruição física total ou parcial", diz a decisão da CIJ.
A Corte também exigiu a "libertação imediata e incondicional" dos reféns sequestrados pelo grupo palestino Hamas no ataque de 7 de outubro no sul de Israel e mantidos em cativeiro na Faixa de Gaza desde então. Nesta sexta, militares israelenses anunciaram a recuperação dos corpos de três destes reféns, incluindo o do israelense-brasileiro Michel Nisenbaum no norte da Faixa de Gaza.
O órgão localizado na cidade holandesa de Haia "considera que é profundamente inquietante que alguns desses reféns permanecem em cativeiro em Gaza e reitera seu apelo a favor de sua libertação imediata e incondicional".