Uma reportagem do jornal Inglês The Guardian aponta que o Brasil estaria abastecendo as Forças Armadas israelenses com petróleo em meio ao genocídio do povo palestino promovido por Israel na Faixa de Gaza. “Dois carregamentos de petróleo brasileiro, totalizando 260kt (quilotoneladas), parecem ter sido entregues a Israel desde o início da invasão de Gaza. O primeiro petroleiro parece ter atracado e descarregado a sua carga num terminal de oleodutos a sul de Ashkelon que abastece as refinarias de Haifa e Ashdod em Dezembro, o segundo em Fevereiro de 2024, de acordo com dados de sinalização e imagens de satélite. O petróleo foi fornecido a partir de campos offshore de propriedade conjunta da Shell, TotalEnergies e Petrobras”, destaca um trecho da reportagem.
O The Guardian relata que a Total e a Shell se recusaram a comentar o assunto. Um porta-voz da Petrobras afirmou que a estatal não entregou qualquer carga de petróleo bruto para Israel entre dezembro de 2023 e 2024. Ainda conforme o periódico, os dados da Oil Change International indicam que outros países, como Estados Unidos, Azerbaijão, Cazaquistão, Rússia e Gabão, também estiveram entre os fornecedores de petróleo para Israel.
Grandes empresas petrolíferas como BP, Chevron, ExxonMobil, Shell e TotalEnergies também teriam facilitado o fornecimento de combustível. O jornal britânico ressalta que Israel depende fortemente do petróleo bruto e de produtos refinados do exterior para operar sua vasta frota de aviões de combate, tanques e outros veículos militares.
Desde a escalada da guerra, em outubro do ano passado, mais de 31 mil palestinos foram mortos pelas forças israelenses, a maioria mulheres e crianças, e outros 2,2 milhões de pessoas foram obrigadas a deixar suas casas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem se destacado como a principal voz no mundo a se erguer contra o genocídio perpertrado pelo governo de Benjamin Netanyahu contra o povo palestino.