O Satélite de Pesquisa de Exoplanetas em Trânsito (TESS) da Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa) fez a descoberta de mais uma "Superterra", desta vez, localizada a 137 anos-luz de distância do nosso planeta. Batizado como TOI-715b, o planeta pode ainda estar acompanhado de TOI-715c, outro planeta que, se confirmado, será o menor já descoberto pelo satélite americano.
Ambos orbitam uma estrela anã vermelha de características específicas, como ausência de brilho e temperaturas mais baixas que a do nosso Sol. A órbita em torno dela leva apenas 19 dias.
A tendência é de que os planetas tenham água líquida, um elemento crucial para condições de vida, devido à sua posição na chamada "zona habitável conservadora" do Universo. Esse termo se refere a áreas ao redor de uma estrela onde os planetas recebem insolação semelhante à da Terra.
Apesar de outros fatores, como uma atmosfera adequada, serem essenciais para sustentar água em estado líquido, a posição na "zona habitável conservadora" oferece uma perspectiva promissora, de acordo com o indicado pelas medições da agência americana.
A definição de "Superterra", segundo a Nasa, abrange planetas maiores e com massa até dez vezes superiores à da Terra. De acordo com o artigo publicado na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, onde estão descritos os detalhes da descoberta, TOI-715b tem 1,55 vez o raio do nosso planeta, a massa por sua vez representa 3,02 Terras.
O sistema que envolve a nova Superterra deve ser alvo de análises partindo do James Webb, telescópio espacial da Nasa, que irá avaliar a existência de atmosfera e campo magnético dos planetas, critérios importantes para hipóteses como a existência de vida nos planetas.