O observatório europeu Copernicus divulgou nesta quinta-feira (8) dados alarmantes: Janeiro de 2024 foi o oitavo mês consecutivo com recordes de temperatura, confirmando uma tendência preocupante de aquecimento global.
Desde junho de 2023, cada mês tem sido o mais quente já registrado para o período. Como consequência, 2023 foi oficialmente o ano mais quente da história, e 2024 segue um ritmo igualmente preocupante.
Em janeiro de 2024, a temperatura média do ar de superfície atingiu 13,14°C, 0,70°C acima da média de janeiro entre 1991 e 2020. Esse valor supera em 0,12°C o recorde anterior, estabelecido em janeiro de 2020.
A temperatura média global nos últimos doze meses (fevereiro de 2023 a janeiro de 2024) também é a mais alta já registrada, 0,64°C acima da média de 1991-2020 e 1,52°C acima da média pré-industrial de 1850-1900.
Os oceanos também não escaparam da onda de calor. A temperatura média da superfície do mar global para janeiro de 2024 atingiu 20,97°C, um novo recorde para o mês. Este valor é 0,26°C mais quente do que o janeiro mais quente anterior (2016) e o segundo valor mais alto para qualquer mês no conjunto de dados do Copernicus, empatado com agosto de 2023 (20,98°C).
A sequência de recordes de temperatura e a confirmação de 2023 como o ano mais quente da história servem como um alerta urgente sobre a necessidade de medidas contundentes para combater o aquecimento global. A comunidade científica reforça que a mitigação dos impactos da crise climática é um desafio que exige uma resposta global e imediata.