O engenheiro Mário Marcelo Santoro, 45, foi condenado no início da madrugada desta quinta-feira (22) a 27 anos de prisão pelo assassinato da administradora Cecília Haddad, em 2018, em Sydney, na Austrália.
Santoro confessou o crime contra a namorada durante depoimento ao Tribunal do Júri da Justiça Federal do Rio de Janeiro. Chorou e disse estar arrependido.
Ele foi condenado por homicídio qualificado, o que inclui motivo torpe, asfixia, feminicídio e ocultação de cadáver. Cecília foi morta por asfixia, na casa em que morava. O acusado disse que o crime ocorreu após uma discussão.
O corpo de Cecília foi encontrado por canoístas em um rio de Sydney, na Austrália, no dia 29 de abril de 2018. Dois dias antes, ela havia ido a um churrasco com amigos e faltou a compromissos profissionais no dia seguinte, o que levou a um registro de desaparecimento.
O local em que o corpo foi achado fica a apenas seis quilômetros da casa da administradora, onde também funcionava a sede da empresa de consultoria dela.
Cecília morou por quase 10 anos na cidade de Perth, onde trabalhava na empresa de mineração BHP. Deixou a mineradora para assumir a chefia de planejamento operacional da empresa de transporte marítimo Pacific National e depois abriu a própria companhia de consultoria.
Depois do crime, Santoro voltou para o Brasil. Após investigação feita pela polícia australiana, ele foi preso pela Polícia Civil do Rio de Janeiro e levado para Bangu 8, onde está até hoje.