O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou ser inocente nesta terça-feira (4) de acusações de fraude empresarial relacionada ao suposto pagamento, durante a campanha presidencial de 2016, do silêncio de mulheres com quem teria tido casos extraconjugais.
O republicano, que já declarou que pretende ser candidato a presidente novamente, agora é o primeiro ex-mandatário dos EUA a se tornar réu por uma acusação criminal. Trump ainda é alvo de investigações pela posse de documentos confidenciais do governo após o fim de seu mandato e por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado após perder as eleições para Joe Biden.
O crime de fraude empresarial tem uma pena de até 4 anos de prisão. De acordo com o site Politico, a promotoria acredita que o julgamento pode ser marcado para janeiro de 2024. A equipe legal de Trump, no entanto, disse que o prazo pode ser muito ambicioso, sendo mais razoável pensar em uma data de julgamento no outono de 2024 (entre os meses de setembro e novembro). A eleição presidencial dos EUA está prevista para 5 de novembro de 2024.
O promotor Chris Conroy afirmou na audiência que o suposto esquema de suborno de Trump foi um "plano ilegal para identificar e suprimir informações negativas". O promotor ainda leu publicações recentes do ex-presidente nas redes sociais, que classificou como "ameaçadoras", incluindo uma foto de Trump segurando um taco de beisebol com uma foto de um dos promotores do caso.
A investigação aponta que Michael Cohen, então advogado do presidenciável Trump, teria comprado o silêncio de duas mulheres que afirmam terem tidos casos com o republicano. Após inicialmente negar qualquer crime, Cohen se declarou culpado posteriormente e foi condenado a três anos de prisão. O advogado afirma que Trump o instruiu a pagar as mulheres e então, enquanto ele era presidente, o reembolsou por meio da Trump Organization em uma série de repasses que foram falsamente registrados como despesas legais.