As fortes chuvas que atingem a Venezuela desde a semana passada deixaram ao menos 25 pessoas mortas e mais de 50 desaparecidas na região de Las Tejerías, no estado de Aragua, a 60 quilômetros de Caracas.
Segundo autoridades locais, o grande volume de chuvas que atingiu o país no fim de semana causou uma enchente nos rios da cidade que atingiu a população local na madrugada deste domingo (09). No mesmo dia, o presidente venezuelano Nicolás Maduro decretou a região como Zona de Desastre e Catástrofe Natural.
Ainda de acordo com o governo, a defesa civil e o exército estão mobilizados para prestar socorro às vítimas e, em parceria com os conselhos comunais, contabilizar o número de famílias atingidas. Até o momento, as cifras indicam que mais de 300 casas foram destruídas e cerca de 750 foram afetadas.
A vice-presidenta da Venezuela, Delcy Rodríguez, visitou o local no domingo (09) e retornou nesta segunda-feira (10) ao lado de outras autoridades, como o encarregado pela Segurança Cidadã Nacional, Remigio Ceballos.
"Já estamos coordenando todos os detalhes para preparar os abrigos, em contato com movimentos sociais e todo o nosso sistema de proteção social, ao lado das nossas Forças Armadas", disse a vice-presidenta.
Ainda segundo Rodríguez, a prioridade agora está voltada aos esforços de busca e recuperação dos serviços básicos como eletricidade, água potável e telefonia móvel.
"O serviço de água foi afetado para mais de 10 mil famílias, por isso trouxemos mais de 1,2 mil funcionários estatais de diversos órgãos de serviços públicos para trabalhar pelo restabelecimento", afirmou.
Ceballos, que ocupa o cargo de vice-presidente setorial para a Segurança Cidadã, confirmou que o número de vítimas encontradas até a tarde desta segunda-feira era de 25 pessoas e que outras 52 continuavam desaparecidas.
"Mantemos ininterruptamente os esforços de busca, além de bombeiros e defesa civil com todos os seus equipamentos e drones, contamos com muitos voluntários", disse.
Ainda nesta segunda-feira, a região recebeu 486 toneladas de alimentos do Ministério de Alimentação para atender as famílias atingidas. Prefeitos, governadores e partidos de oposição também se solidarizaram com os afetados e enviaram insumos para a região.