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O Brasil e a Coreia do Sul estão fechando acordos para a construção de uma fábrica de chips semicondutores em parceria com a Samsung.

Acordo com Coreia do Sul pode trazer uma fábrica de semicondutores ao Brasil

Publicada em 16/08/2022 às 16:26h

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Marina
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O Brasil e a Coreia do Sul estão fechando acordos para a construção de uma fábrica de chips semicondutores em parceria com a Samsung.
 (Foto: Reprodução da web)

Os governos do Brasil e Coreia do Sul fecharam um acordo de entendimento para unir esforços com o intuito de construir uma fábrica de semicondutores que será instalada no Brasil. As negociações com o país asiático giram em torno da Samsung, uma das líderes mundiais do setor. A informação foi compartilhada por Fábio Faria, ministro das Comunicações, em entrevista à imprensa durante o Seminário 5G.BR, organizado pela própria entidade.

Segundo Faria, há um memorando de entendimento com o governo da Coreia do Sul e estão sendo realizadas negociações com a Samsung sobre a possibilidade de criar uma fábrica no Brasil. A ideia seria erguer uma indústria capaz de fabricar peças que possam abastecer a indústria local, principalmente, a automotiva, assim como serem exportados para países da América Latina, África e Europa. De acordo com Faria, o Brasil é um ponto estratégico para a nova fábrica da Samsung.

Se confirmada, a construção da planta industrial em parceria com a Coreia do Sul, ficaria por conta da iniciativa privada, com possíveis benefícios tributários a serem oferecidos pelo Estado onde a unidade seria instalada. Entretanto, por hora ainda não há nada concreto.

O ministro comentou que o mercado de semicondutores depende muito da produção realizada em Taiwan, que atualmente passa por uma fase de tensões geopolíticas com as disputas entre China e Estados Unidos, reforçando a demanda de se buscar alternativas para garantir o fornecimento dos insumos. 

Escassez de semicondutores

O problema, entretanto, não é novo e se trata de uma lacuna de mercado que está se arrastando por vários meses diante da crise global gerada pela pandemia do COVID-19 e, também, pela guerra no leste da Europa, fatores que afetaram a cadeia logística ao redor do mundo.

A chegada da internet móvel de quinta geração (5G) também vai abrir o mercado da chamada IoT (Internet das coisas), isto é, comunicação entre equipamentos, o que aumentará a demanda por semicondutores nos próximos anos.

Faria afirma que também buscou diálogo com a Intel para a instalação de uma fábrica de semicondutores no Brasil. Segundo o Ministro das Comunicações, a empresa teria respondido que buscou o governo brasileiro há alguns anos, entretanto não conseguiu chegar a um acordo. Sendo assim, a Intel instalou sua fábrica na Costa Rica, em meados de 2008.

Liquidação da Ceitec

Apesar da chegada da crise de fornecimento de semicondutores, o governo de Jair Bolsonaro determinou a liquidação do Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec), estatal que era a única fabricante de chips e semicondutores na América Latina.

Sediada em Porto Alegre, a Ceitec foi desenvolvida pela lei em 2008, ainda no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O intuito seria ter uma grande produtora nacional no setor. O problema é que a empresa sempre foi dependente do Tesouro Nacional, isto é, demandava investimentos dos cofres públicos para bancar despesas correntes e salários.

 

Sem dar lucro e também considerada ineficiente, a Ceitec se tornou alvo do governo atual, que divulgou uma lista extensa de privatizações. No último ano, o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) recomendou a extinção da estatal, e o decreto presidencial que oficializou a decisão foi publicado em dezembro de 2021.

 




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