A Polícia Civil deflagrou nesta quinta-feira (28) a segunda fase da Operação Xerxes. O objetivo é combater crimes de extorsão que seriam praticados por uma organização criminosa que atua na comunidade do bairro Santo Onofre, em Viamão, na Região Metropolitana. Até as 8h, cinco pessoas haviam sido presas. Todas suspeitas de fazer parte da facção.
A investigação policial indica que o grupo criou uma associação comunitária com o objetivo de arrecadar dinheiro para financiar crimes, principalmente tráfico de drogas.
Os criminosos exigiam que moradores abrigassem olheiros para monitorar a presença de policiais, guardassem armas e drogas e auxiliassem bandidos em rotas de fuga.
Moradores e comerciantes que não pagassem o que era exigido pelos criminosos eram expulsos dos locais em que moravam ou trabalhavam.
O número de vítimas do esquema, os valores que eram cobrados e a quantidade de dinheiro arrecadada pelos criminosos não foi divulgada pela polícia.
A ofensiva foi conduzida por meio da Delegacia de Polícia de Repressão à Lavagem de Dinheiro do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).
A ação conta com a participação de 63 policiais civis, incluindo o apoio da Polícia Civil de Santa Catarina.
— Essa ação salvaguarda a segurança e o patrimônio de pessoas que já vivem em situação de extrema vulnerabilidade social e que necessitam da presença efetiva da Polícia para não serem ainda mais oprimidas por organizações criminosas — afirmou o delegado Cassiano Cabral, diretor da Divisão de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro do Deic.
A Polícia Civil cumpre 19 ordens judiciais em Porto Alegre, Charqueadas e Criciúma, no Estado catarinense. A investigação partiu de desdobramentos da operação Xerxes, realizada em março, quando uma rede de barbearias foi ligada ao tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.