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RIO GRANDE DO SUL

Mulher suspeita de matar grávida para roubar bebê em Porto Alegre é indiciada por homicídio e aborto

Segundo o delegado Thiago Carrijo, responsável pela investigação, não foi identificada a participação de outras pessoas no crime

Publicada em 04/11/2024 às 15:57h

Gaúcha ZH


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Marina
cresol

Mulher suspeita de matar grávida para roubar bebê em Porto Alegre é indiciada por homicídio e aborto
Mulher de 42 anos foi presa na noite de 15 de outubro. Polícia Civil / Divulgação  (Foto: foto reprodução)

O Departamento de Homicídios da Polícia Civil concluiu o inquérito com o indiciamento de Joseane de Oliveira Jardim, 42 anos, pela morte de Paula Janaina Ferreira Melo, 25, em Porto Alegre. A mulher responderá por homicídio qualificado, aborto, dar parto alheio como próprio e ocultação de cadáver.

As informações foram divulgadas em coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira (4). Segundo o delegado Thiago Carrijo, responsável pela investigação, não foi identificada a participação de outras pessoas no crime.

— A causa mortis da Paula foi traumatismo cranioencefálico, muito provavelmente, por uma ação contundente na cabeça — diz o delegado.

Paula foi assassinada no bairro Mário Quintana, na zona norte de Porto Alegre, no dia 14 de outubro. A suspeita é que Joseane, moradora do mesmo bairro, teria atraído a vítima até a residência onde foi morta. O objetivo seria o roubo do bebê de Paula, que foi retirado do seu ventre.

Joseane segue presa na Penitenciária Feminina de Guaíba, na Região Metropolitana, onde está desde o dia 17 de outubro.

A investigação ficou a cargo da 5ª Delegacia de Polícia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de Porto Alegre.

 

Sobre o caso

Na noite de 15 de outubro, Joseane foi presa em flagrante em um hospital de Porto Alegre. Ela e o bebê foram levados até o local pela equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) acionada para prestar socorro após a mulher simular um parto.

No hospital, os médicos efetuaram exames e constataram que ela não poderia ter dado à luz àquela criança e acionaram a polícia. Joseane optou por permanecer em silêncio na delegacia.

Durante a perícia, foi constatado que o cadáver da vítima estava embaixo da cama de Joseane, embalado em cobertores e sacos plásticos. O corpo de Paula tinha duas lesões na cabeça e uma no abdômen. O bebê não tinha nenhum sinal de violência externa, mas não sobreviveu. 

Joseane tinha remédios para depressão em casa. Conforme a vizinhança, a suspeita tem dois filhos adultos, que eram adotados. Eles já não viviam com ela. O marido dela também prestou depoimento. A polícia não informa se ele é investigado.




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