Mais da metade da população gaúcha que mora sozinha é composta por mulheres. Conforme os dados do Censo Demográfico 2022, 54,45% (518.149) dos domicílios com apenas um morador no Rio Grande do Sul são ocupados por integrantes do sexo feminino. Esse é o maior percentual registrado no país.
Os números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta sexta-feira (24) mostram que, no Brasil, 50,45% (6.930.860) das pessoas que moram sozinhas são homens. Apenas no RS, em outros três Estados e no Distrito Federal a porcentagem de mulheres entre os lares unipessoais (compostos apenas por uma pessoa) é superior.
Esse perfil de lar, com apenas um morador, cresceu em todo o país. Entre as duas edições mais recentes do censo, o crescimento foi de 6,7 pontos percentuais. Em 2010, 12,18% (6.980.378) da população brasileira morava sozinha, em 2022 esse percentual era de 18,94% (13.736.939). Não foi registrada queda desse percentual em nenhum Estado.
O RS é o sexto Estado que registrou o maior crescimento no número de pessoas morando sozinhas. Em 2010, 15,17% (546.186) da população gaúcha morava sozinha e, em 2022, a porcentagem subiu para 22,34% (951.561), um crescimento de 7,17 pontos percentuais. O maior aumento foi registrado no Espírito Santo, com uma diferença de 8,52 pontos percentuais, saindo de 12,08% (133.089) para 20,6% (294.568).
Perfil
Outra característica que se destaca entre os moradores dos lares unipessoais é a faixa etária. Tanto no Brasil quanto no RS, a maior parte das pessoas que moram sozinhas possui 60 anos ou mais. No país, essa faixa etária corresponde a 41,24% (5.664.602) dos lares unipessoais, no RS a porcentagem sobe para 46,77% (445.029).
Essa é uma característica que vem sendo reforçada ao longo dos anos. Do Censo de 2010 para o de 2022, esse percentual aumentou 2,63 pontos percentuais no país e 4,30 no Estado.
Já em relação à cor das pessoas que vivem sozinhas no RS, 80,57% (766.680) são brancas, e 12,88% (122.559) pardas. A proporção não é muito diferente do que a encontrada no Estado na população em geral, que é de 78,42% (8.534.229) branca e 14,67% (1.596.357) parda. A diferença de aproximadamente dois pontos percentuais pode estar relacionada à diferença de longevidade e expectativa de vida entre esses dois grupos.