A Polícia Civil investiga a suspeita de estupro de vulnerável no caso das duas adolescentes que desapareceram no domingo (6) em Ametista do Sul, no Norte do RS. As meninas de 12 e 13 anos foram localizadas pelos agentes na terça-feira (8) e passarão por exames que atestarão ou não se houve prática sexual.
"Eventual sequestro, eventual estupro de vulnerável. A partir de agora, a gente vai buscar esclarecer as circunstâncias, a motivação, o que ele pretendia, para onde iam, por que vieram para Porto Alegre, em que residência estavam, se tinha mais alguém junto", diz a delegada regional Aline Dequi Palma, que ficará responsável pelo caso.
Conforme apuração preliminar da polícia, as duas adolescentes teriam embarcado, na noite de domingo, em um veículo de aplicativo na companhia de um homem de 25 anos, natural do Piauí, que relataram ter conhecido durante comemoração pelo resultado das eleições em Ametista do Sul. De lá, foram até a rodoviária de Frederico Westphalen e seguiram de ônibus até a capital, diz a Polícia.
Na terça-feira, a adolescente de 13 anos foi localizada na Estação Rodoviária de Porto Alegre, tentando voltar para a cidade de origem. A menina de 12 anos foi encontrada na companhia do mesmo homem, em um carro de aplicativo, no Centro do município de Esteio, a 25 km da capital.
As duas são amigas, segundo a Polícia Civil. Familiares chegaram a registrar boletim de ocorrência por desaparecimento.
As adolescentes, junto com o homem, teriam ficado em uma casa na Zona Sul da capital, identificada após uma força-tarefa que envolveu cerca de 50 policiais civis do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e das delegacias de Ametista do Sul e Palmeira da Missões. De lá, uma delas foi para a rodoviária e a outra, seguiu rumo a Esteio com o homem.
O homem prestou depoimento. De acordo com a delegada Vanessa Pitrez, do Deic, ele foi liberado, pois não foi constatada nenhuma situação de flagrante.
Testemunhas e familiares das adolescentes devem ser ouvidos nos próximos dias. A polícia irá apurar se houve coação, algum tipo de violência física ou psicológica, bem como foi a abordagem por parte do homem.
O nome das meninas e mais informações sobre o caso não serão divulgadas em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que veda exposição de menores de 18 anos e prevê sigilo.