O Rio Grande do Sul deve atingir sua população máxima em 2026, com 11.233.317 habitantes, conforme previsão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Após o pico, a expectativa é que esse número comece a diminuir, chegando a 9.102.614 em 2070. O cenário deve se repetir no Brasil em 2041.
Segundo o Censo Demográfico 2022, o Rio Grande do Sul tem 10.880.506 de habitantes. No Brasil, são 203.062.512 de habitantes.
As informações fazem parte das primeiras projeções populacionais do órgão, que foram produzidas com base em dados do último Censo e divulgadas nesta quinta-feira (22).
O estudo demográfico traz índices nacionais e estaduais de fecundidade, nascimentos e esperança de vida da população no período de 2000 a 2070. De acordo com o IBGE, as projeções de população utilizam dados provenientes de diferentes fontes, como os três censos demográficos mais recentes, a série histórica das Estatísticas do Registro Civil, o Sistema de Informações sobre Mortalidade (Sim) e o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc).
A desaceleração do crescimento populacional no Brasil é uma consequência da redução das taxas de fecundidade e nascimento. O país deve atingir sua população máxima em 2041, com 220.425.299. Depois disso, o número começará a diminuir, chegando aos 199.228.708 habitantes em 2070. Esse recuo, contudo, será bastante desigual regionalmente.
Rio Grande do Sul e Alagoas estão no topo da lista como os Estados brasileiros que atingirão sua população máxima mais rápido – em 2026. Assim, a redução no número de pessoas deve iniciar já a partir de 2027. No Rio de Janeiro, a queda começará no ano seguinte.
Por outro lado, Santa Catarina e Roraima devem começar a reduzir sua população somente em 2064, enquanto a do Mato Grosso continuará crescendo até 2070.
Fecundidade e nascimentos
Assim como ocorreu no território nacional, a taxa de fecundidade no Rio Grande do Sul reduziu de 2,32 para 1,51 filho por mulher entre 2000 e 2023. A projeção é de que o índice chegue a 1,49 em 2070.
Na comparação com os outros Estados, o RS teve, no ano passado, a sétima menor taxa de fecundidade – posição que deve ser mantida em 2070. Em 2000, contudo, era a quinta menor.
Diante disso, o número de nascimentos no território gaúcho também recuou. Foram 3,6 milhões em 2000 e 121.107 em 2022. Em 2070, deve cair ainda mais, chegando a 65.763 nascimentos.
Esperança de vida e proporção de idosos
O estudo do IBGE também aponta uma queda na taxa de mortalidade infantil no RS. Nos últimos 23 anos, esse índice reduziu de 15,5 para 9,6 óbitos por mil nascidos vivos. Para 2070, a expectativa é que diminua para 5,2 – uma redução de 66% quando comparado ao início do século 21.
Já a esperança de vida ao nascer deve continuar subindo, em ritmo semelhante ao observado no território nacional. Em 2023, era de 77,0 anos e, em 2070, deve chegar aos 84,0 anos – o índice brasileiro projetado é de 83,9 anos.
A idade média da população gaúcha também deve aumentar. De acordo com o IBGE, o Rio Grande do Sul tinha a maior média (38,1 anos) em 2023 e deve chegar aos 49,2 anos em 2070.