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RIO GRANDE DO SUL

Quase dois meses após início, vacinação contra dengue em Porto Alegre tem menos de 7% de cobertura do público-alvo

Queda na busca por outras vacinas, desinformação e até a enchente podem estar relacionados ao percentual.

Publicada em 16/07/2024 às 15:54h

Gaúcha ZH


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Marina
cresol

Quase dois meses após início, vacinação contra dengue em Porto Alegre tem menos de 7% de cobertura do público-alvo
Baixa procura se deve a um movimento já visto em outras vacinas e também pelo cenário climático do Estado. ANDRE VIOLATTI / Ato Press / Estadão Conteúdo  (Foto: foto reprodução)

Com a aplicação disponível desde 29 de maio, a vacinação contra a dengue em Porto Alegre está com baixa adesão, atingindo apenas 6,62% de cobertura do público-alvo, que é formado por jovens entre 10 e 14 anos. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), foram aplicadas 4.832 doses da Qdenga e, pelo censo de 2022, a Capital tem 72.898 jovens na faixa etária recomendada. 

O esquema vacinal do laboratório japonês Takeda Pharma prevê duas doses, com intervalo mínimo de três meses. A vacina está disponível em toda a rede municipal, nas unidades de saúde. Até agora, foi recebida uma remessa com 18.225 doses do imunizante. 

Para o infectologista da Santa Casa, Cezar Riche, a baixa procura se deve a um movimento já visto em outras vacinas e também pelo cenário climático do Estado.

— A gente já vinha num momento de queda da cobertura vacinal de diversas vacinas, então as pessoas já vinham sendo um pouco mais relapsas e não cumprindo o calendário vacinal. Houve uma campanha de desinformação que aumenta as dúvidas em relação às vacinas e reduz essa procura. E o nosso momento epidemiológico, com redução de casos de dengue, e tudo que se passou no Estado nessa tragédia climática também fazem com que as pessoas busquem menos — analisa o médico. 

A médica infectopediatra e membro do departamento científico de imunização da Sociedade Brasileira de Pediatria, Euzanete Coeser, destaca a qualidade da vacina oferecida pelo SUS.

— O governo está dando uma das melhores vacinas que tem hoje contra a dengue e que ela é eficaz e que muitas pessoas estão pagando quase mil reais pelas duas doses dessa vacina e que o governo está disponibilizando nos postos gratuitamente para os adolescentes — destaca a especialista.

Após ter acompanhado a filha de 11 anos no hospital com complicações da dengue, a diarista Aline de Oliveira conta que não conhecia a vacina da rede pública e agora pretende levá-la para ser imunizada. 

— Eu não sabia que tinha vacinas disponíveis para jovens, achei que era só na rede particular e teria que ser pago e, devido à minha profissão, não tenho condições de pagar essa vacina, mas com certeza agora, sabendo, eu vacinaria porque digo que a dengue foi uma coisa muito ruim de ter pegado, e a pior parte foi no final, as coceiras que deram no corpo, as lesões que ficam na pele, é bem difícil — descreve Aline, que também teve a doença. 

A orientação da Secretaria Municipal de Saúde é de que crianças que tiveram dengue aguardem seis meses para receber a primeira dose da vacina. Caso a infecção ocorra após o início do esquema, a segunda dose precisa ser feita pelo menos 30 dias após o início dos sintomas da doença.

A vacina oferecida no SUS é tetravalente e por isso garante proteção aos quatro vírus da dengue. Conforme a prefeitura, já há estudos que mostram que, 12 meses depois de ter o esquema vacinal completo, a eficácia geral é de 80,2% em crianças e adolescentes.

— Uma pessoa que já teve dengue tipo 1, está imune para esses, mas é suscetível aos outros três. E a cada episódio de dengue, a tendência ou a probabilidade é que haja um caso mais grave. Então sim, as pessoas que já tiveram dengue, é importante que se vacinem para ter uma imunidade contra os outros sorotipos — orienta o infectologista Cezar Riche. 

De acordo com o especialista, pessoas de quatro a 60 anos podem procurar a vacina na rede particular e aquelas que estão acima de 60 podem pedir uma prescrição médica para avaliar se podem receber a dose. O público-alvo foi definido pelo Ministério da Saúde, baseado na quantidade de casos mais recorrentes no país e pelos estudos realizados. 

Conforme a chefe da equipe de Vigilância de Doenças transmissíveis da SMS, Raquel Rosa, o objetivo principal da vacinação é reduzir complicações, hospitalização e óbitos decorrentes de infecções pelos vírus da dengue. 

— Lógico que também, se a gente passar a ter uma cobertura vacinal maior, a tendência é que a gente tenha menos infecção por dengue — explica. 

 

Casos estão caindo, mas são maiores em relação ao ano passado 

De acordo com a SMS, até 6 de julho, Porto Alegre teve 9.168 casos de dengue confirmados e nove mortes pela doença. Foram notificados 35.513 casos suspeitos. 

O boletim mais recente da prefeitura constatou que o número de casos confirmados em 2024, até a semana epidemiológica 18 (início de maio e começo da enchente), foi expressivamente maior do que o mesmo período em 2023. 

A partir da semana 19, o número de confirmados passou a se aproximar ou ficar abaixo das mesmas semanas em 2023, com exceção da semana 20 (de 13 a 17 de maio), quando, em 2024, houve quase o dobro de casos confirmados em relação ao ano anterior (1.028 confirmações em 2024, contra 526 em 2023). 

Em relação ao Rio Grande do Sul, Zero Hora mostrou que o número de casos de dengue no inverno de 2024 já superou o total registrado em toda a estação no ano passado. Ainda que tenha diminuído em relação ao verão, a doença segue com comportamento elevado e a situação pode ter relação com eventos climáticos, como a enchente de maio. 




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