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RIO GRANDE DO SUL

Prefeitura pede ajuda ao governo federal para remover famílias que vivem perto do dique do Sarandi, em Porto Alegre

Segundo a prefeitura, 47 famílias já deixaram a região

Publicada em 12/07/2024 às 15:48h

Gaúcha ZH


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Marina
cresol

Prefeitura pede ajuda ao governo federal para remover famílias que vivem perto do dique do Sarandi, em Porto Alegre
Alguns imóveis vizinhos ao dique precisaram ser demolidos para se fazer o reparo emergencial. Guilherme Milman / Agência RBS  (Foto: foto reprodução)

O destino daqueles que vivem nas proximidades do dique Sarandi, na zona norte de Porto Alegre, ainda está indefinido. A prefeitura deseja remover todas as 500 famílias do local para que seja possível refazer a estrutura, danificada durante a enchente. 

Até o momento, 47 foram removidas. A população que permaneceu deseja viver em outro local, mas cobra do poder público os R$ 127 mil do bônus-moradia. O município, por sua vez, alega não ter verba suficiente para atender todas as 500 famílias e está pedindo ajuda ao governo federal. O custo estimado, considerando o valor atual do benefício, .

— O município não tem caixa para suportar uma remoção desse volume, mas sabemos que em algum momento elas vão ter que sair. A ideia é que seja o mais rápido possível. Por isso, estamos negociando com o governo federal para que isso entre no programa de compra assistida — diz a secretária de Habitação e Regularização Fundiária Adjunta de Porto Alegre, Simone Somensi.

O programa do governo federal prevê um repasse de até R$ 200 mil para pessoas que tiveram as casas destruídas na enchente. Como nem todos os moradores do dique tiveram as estruturas totalmente comprometidas, será preciso que a União publique uma portaria permitindo a inclusão dessas famílias.

— É uma negociação para a inclusão deles no calendário (de pagamento). Então na verdade é mais uma conformação técnica, para que eles possam ser atendidos — complementa Somensi.

O dique, que abrange as vilas Nova Brasília e Minuano, teve ao menos quatro pontos de rompimento durante a enchente de maio. A prefeitura concluiu no início de junho os reparos emergenciais nestes trechos e, para conseguir utilizar os maquinários, precisou derrubar 37 residências, totalizando 47 famílias. Segundo a Secretaria Municipal de abitação e Regulação Fundiária, todas elas já possuem acesso ao Bônus-moradia.

As pessoas que permaneceram na área têm cobrado a prefeitura para receber o recurso. A maioria não quer seguir morando no dique, sob o risco de ter novos alagamentos no futuro. É o caso da Deisi Souza da Silva, que mora ao lado do trecho que teve o maior rompimento.

—  Eu já não quero mais ficar aqui, se eles me tirarem eu quero uma moradia. Porque a gente já sofreu uma enchente no ano passado, e esse ano foi ainda pior. Então a gente quer uma moradia, queremos que eles venham fazer alguma coisa por nós — afirma a moradora.

Conforme a secretária, o governo federal já teria dado o aval para publicar a portaria. Zero Hora procurou a União, através da Secretaria para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul. Até a publicação não obteve retorno.

 

Estudos em andamento

A saída dos moradores é vista como essencial para dar andamento ao processo de reconstrução do dique. Na terça-feira (12) o prefeito Sebastião Melo anunciou que duas empresas foram contratadas, Infravix e Encop Engenharia, para iniciar os estudos que determinarão o que precisa ser feito para fortalecer a estrutura para enfrentar novas enxurradas. O mesmo está sendo feito nos demais diques e casas de bombas da região

Depois dessa etapa será possível fazer o orçamento para a execução das obras. Não há prazo para conclusão.




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