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RIO GRANDE DO SUL

Sema estima ter perdido 30% dos equipamentos para monitoramento do nível dos rios do RS

O governo do Estado, responsável por 76 estações hidrometeorológicas, ainda não contou os prejuízos à rede de observação após a enchente de maio.

Publicada em 10/07/2024 às 16:18h

Gaúcha ZH


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Marina
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Sema estima ter perdido 30% dos equipamentos para monitoramento do nível dos rios do RS
Régua automática no Cais Mauá foi atingida pelo Guaíba e uma nova precisou ser instalada em outro lugar em Porto Alegre. Secretaria de Meio Ambiente e Infraestrutura do Estado / Divulgação  (Foto: foto reprodução)

A enchente de maio, que atingiu severamente o Rio Grande do Sul, prejudicou a estrutura de monitoramento do nível dos rios do Estado. Passados cerca de dois meses do sinistro, falta de manutenção e de equipe técnica dificultam o restabelecimento do serviço.

Para medir o nível dos rios, são utilizadas estações hidrometeorológicas. Popularmente chamadas de réguas de medição, essas estações podem ser convencionais ou automatizadas. A principal diferença entre as réguas de medição de nível manuais e automáticas está na efetividade do registro. Enquanto a manual a intervenção de um profissional leiturista no local, a automática envia quatro índices de hora em hora via satélite ou pela Internet. Ou seja, a cada 15 minutos, é feita uma nova medição, permitindo um acompanhamento mais preciso e prévio aos desastres.

Segundo a Secretaria de Meio Ambiente (Sema), há 76 estações automáticas sob responsabilidade da pasta, em levantamento feito pela última vez antes da enchente de setembro. O chefe da Divisão de Meteorologia da Sema, Diego Carrilho, afirma que ainda não foi feita uma checagem sobre como estão as estruturas agora, após as três últimas grandes cheias. Porém, ele estima que cerca de 25, ou seja, apenas um terço delas, esteja funcionando.

— A nossa estimativa é que a gente deve ter hoje em torno de um terço dessas estações. A gente não consegue precisar porque é preciso fazer uma vistoria no local. Até bem pouco tempo atrás, as estações estavam com problemas e a nossa equipe técnica é reduzida. Então, nós estamos trabalhando dentro do Estado para que possamos terceirizar esse serviço de manutenção — explica.

Ele afirma que, em janeiro, equipes chegaram a iniciar uma revisão nas réguas, mas não conseguiram visitar todas as estações justamente devido à falta de pessoal. O chefe do departamento reconhece que a Sema teve bem mais perdas na sua estrutura em comparação com o Serviço Geológico do Brasil (SGB), por exemplo, também devido a esse fator, já que o órgão federal havia feito reparos recentes na sua rede de estações.

 

Plano diretor vai rediscutir locais sob monitoramento pela Sema

Outra previsão dada por Carrilho é o debate que já ocorre na Sema a respeito de uma revisão e discussão sobre a localização de cada estação meteorológica, cada estação pluviométrica, de cada régua automática ou manual. O resultado deverá consolidar o plano diretor de monitoramento hidrometeorológico.

— Pode ser que um radar meteorológico seja mais importante para determinadas regiões. Em outras situações, o radar pode não ser relevante. Você pode ter o monitoramento automático, mas se o meu objetivo é fazer uma avaliação ambiental, eu não preciso ter uma régua automática. Eu posso ter uma estação convencional, que um observador vai lá na beira do rio e olhe isso às sete da manhã e às cinco da tarde. Então, para cada necessidade, você vai ter um equipamento, uma tecnologia associada. E é muito importante que a gente otimize isso.

O professor Felipe Nievinski, do Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), reforça a importância não só da existência dessas réguas, mas também a necessidade de instalação de mais unidades nas áreas de risco.

— Essas estações são essenciais para qualquer sistema de alerta e prevenção. Qualquer modelo que seja feito sempre tem que ser ancorado em dados e é muito perigoso fazer um modelo com base numa única estação.

O professor salienta que a perda das estações automáticas durante enchentes é normal, uma vez que os equipamentos precisam ficar próximos dos rios. O que ele avalia atípico é a dificuldade de manutenção, restauração e ampliação dessa rede de estações.

Além disso, aponta que pesquisadores têm reforçado a recomendação para que sejam instaladas estações em lugares que ainda não tem régua própria e que precisam se basear em medições de pontos muito distantes, que não dão uma referência precisa. Entre os exemplos, ele cita a zona norte de Porto Alegre e Eldorado do Sul.

— Nunca que uma régua única vai conseguir dar conta dessa heterogeneidade do nível, essa variabilidade. Então é muito perigoso pegar uma medida pontual e assumir que ela vale para a Zona Norte, por exemplo. Um colega (pesquisador) de Eldorado (do Sul), há 30 anos, pede uma régua eletrônica ali e não é concedido. Uma cidade tão vulnerável e a gente não tem uma régua eletrônica própria.

Dos 48 equipamentos automáticos da SGB, 27 utilizadas na medição do nível dos rios do Estado foram danificadas. Conforme o serviço, oito delas tiveram perda total. O órgão tem 118 estações de monitoramento em território gaúcho.

— Existe uma régua física e, paralelamente, uma plataforma completa de dados automática. A enchente, além de destruir a régua física, também destruiu essa automática. Às vezes, destruiu tudo, ou só a régua, ou só a plataforma — explica Andréa Germano, chefe do Departamento de Hidrologia do SGB.




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