Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, na manhã desta segunda-feira (10), o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, falou sobre os desafios para reconstrução do Estado após a enchente de maio.
— O mais importante que me parece nesse processo todo, além de cuidar das pessoas, cuidar da economia, da infraestrutura, é também viabilizar um plano robusto de resiliência e adaptação climática para que o Estado todo tenha a segurança de que ali na frente quando houver novamente algum tipo de situação climática extrema, os danos e os prejuízos serão contidos e evitados ao máximo a partir deste plano — declarou.
Ainda sobre o Plano de Resiliência Climática, Leite falou que não tem como determinar um prazo para a implementação de novas medidas para a proteção do Estado.
— Não tem como precisar, mas o que eu asseguro para a população gaúcha é que o Estado já está se ocupando disso.
Ele também falou sobre o impacto ambiental, que deve ser levado em conta na hora de implementar as ações do plano.
— Uma intervenção para fazer um sistema de proteção envolve também, em algum grau, um impacto ambiental. Isso não se pode sair fazendo sem fazer uma análise ambiental.
Sobre as medidas a curto prazo, Leite citou a Defesa Civil como principal agente para evitar maiores desastres e as medidas utilizadas para fortalecer os alertas emitidos pelo órgão.
— Em curtíssimo prazo não tem o que fazer. O primeiro passo é trabalhar nos alertas da Defesa Civil. Teremos um novo radar meteorológico para ser instalado em Montenegro, que já está a caminho do Estado.
Leite explicou como irá funcionar o novo programa habitacional, anunciado na última sexta-feira (7).
— Neste plano teremos uma inovação para o Rio Grande do Sul, trata-se do programa de porta de entrada. Muitas famílias conseguem pagar um aluguel hoje em dia, mas não conseguem comprar um imóvel porque não conseguem o recurso para dar de entrada. Nós vamos disponibilizar isso para famílias de até cinco salários mínimos e vamos incluir os servidores públicos. O Estado vai regulamentar esta lei, estabelecendo aí um valor de R$ 20 mil que ajude a dar entrada para a habitação.
Eduardo Leite frisou que a reconstrução envolve várias frentes, e que o governo atua em todas elas de forma conjunta.
— Temos o aspecto social, no atendimento aos que estão desabrigados, vivendo em abrigos. Depois temos a questão econômica, os auxílios para a população atingida, empresários, comerciantes e também, por exemplo, uma grande frente de infraestrutura atuando na recuperação de pontes e estradas.