O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prometeu anunciar na quarta-feira (29) o maior pacote do governo federal para combater os efeitos do desastre climático no Rio Grande do Sul.
O anúncio ocorrerá em cerimônia no Palácio do Planalto, com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin, dos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Carlos Fávaro (Agricultura) e Luciana Santos (Ciência e Tecnologia), do presidente do Incra, César Aldrighi, e do presidente da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), Celso Pansera.
O pacote, segundo relatos de integrantes do governo, será de mais de R$ 10 bilhões de linha de crédito para empresas afetadas pelas enchentes do Rio Grande do Sul com faturamento anual superior a R$ 4,8 milhões, como mostrou a Folha de S.Paulo na última sexta.
O governo vinha acertando ajustes finais e o martelo foi batido em reuniões no Planalto nesta terça. Outras propostas também serão anunciadas.
"Agora há pouco nós aprovamos, para anunciar amanhã, o maior pacote de enfrentamento aos desastres climáticos para atender as pessoas do Rio Grande do Sul. Cumprindo a promessa que dissemos: vamos ajudar a reconstruir o Sul", disse Lula, no X, antigo Twitter.
O crédito poderá ser feito para as empresas de todos os setores: indústria, agronegócio e comércio.
As maiores empresas, sobretudo da indústria, vinham reclamando que ainda não tinham sido contempladas pelas medidas de auxílio ao estado e temiam ficar de fora do pacote de socorro do governo federal.
A linha será gerida pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que poderá também repassar os recursos para todos os bancos ofertarem o crédito diretamente às empresas gaúchas.
Em uma coletiva de imprensa no Rio Grande do Sul, o ministro Paulo Pimenta (Apoio à reconstrução) falou da importância das novas medidas que serão anunciadas para a manutenção dos empregos na região.
"Amanhã [quarta] nós teremos um anúncio importante em Brasília. Lula esteve durante todo o dia de hoje reunido com Alckmin, Haddad, [Simone] Tebet, Rui Costa e nós estamos aguardando o anúncio de novas medidas todas elas com o objetivo de apoiar a atividade econômica no RS e a manutenção dos empregos", disse.
No estado, outros ministros também atualizaram como está a situação de seus assuntos na região. Alexandre Silveira (Minas e Energia), por exemplo, disse que as enchentes levaram 570 mil unidades consumidoras a ficarem sem energia. Este número agora baixou para 116 mil, que terá restabelecimento mais lento, pelo lento ritmo de diminuição do alagamento no local.
Já Wellington Dias (Desenvolvimento Social) destacou a inclusão de 21.681 famílias do Rio Grande do Sul na lista de beneficiários do programa social Bolsa Família. Jader Barbalho (Cidades), por sua vez, falou na ampliação do teto do Minha Casa Minha Vida de R$ 170 mil para R$ 200 mil.