Diversos bairros de Porto Alegre registram inundação; Dmae fala em "chuva além do que os modelos previam"
Órgão disse ainda trabalhar para potencializar ação de casas de bombas e limpeza das ruas
Publicada em 23/05/2024 às 14:38h
Gaúcha ZH
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Água saiu fortemente dos bueiros na Capital. Duda Fortes / Agência RBS (Foto: foto reprodução)
Os moradores de vários bairros de Porto Alegre registraram rápida ascensão da água e alagamentos em diversas vias na manhã desta quinta-feira (23). Entre os registros de aumento do volume estão vias do Menino Deus, Praia de Belas, Cidade Baixa, Santana, áreas da Zona Norte, além de vias como a 24 de Outubro, Cairú, Farrapos e Cristóvão Colombo.
Também houve registro de alagamento na Zona Sul de Porto Alegre, em vias como Cavalhada e avenida Beira-Rio nas proximidades do estádio. Foi afetado o bairro Hípica, nas proximidades da Edgar Pires de Castro. A limpeza do Mercado Público, que havia se iniciado na manhã desta quinta-feira, foi suspensa, já que há avanço da inundação.
Há relatos, inclusive, de vias que não foram afetadas anteriormente pela água, como Otto Niemeyer e Coronel Massot. É o caso da Lima e Silva, na Cidade Baixa. O Shopping Praia de Belas encerrou as atividades às 12h "em função das condições climáticas que afetam a circulação e a mobilidade em Porto Alegre, prejudicando a acessibilidade à região do empreendimento".
O lixo se acumulou sobre a água em diferentes pontos. Se verificou entulho boiando, já que parte dele havia sido deixado sobre calçadas e vias após limpeza recente. Muitos motoristas na Capital tiveram que mudar o trajeto e até buscar filhos em escolas e creches ou sair do trabalho antecipadamente. Na Rua Arroio Grande, crianças de uma creche foram retiradas com a água subindo, já que o socorro demorou para chegar.
Há também aumento da água em locais como bairro Fátima, em Canoas e no município de Guaíba, como no bairro Santa Rita. Nas últimas seis horas, choveu 34,8mm em Porto Alegre conforme o Inmet, e 30mm em Canoas, conforme o Cemaden.
No início da tarde, o Dmae se pronunciou no X (antigo Twitter) e no Instagram. O diretor-geral do órgão, Maurício Loss fala que houve chuva "além do que os modelos previam", e que as equipes trabalham para ampliar o trabalho das casas de bomba número 12, 13 e 16, que atendem os bairros Menino Deus e Cidade Baixa. Diz ainda que as equipes atuam na limpeza das redes.
Nesta quarta, no entanto, o meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Marcelo Schneider já havia alertado para rajadas de vento de até 60km/h na Lagoa dos Patos e chuva de até 70mm até sexta-feira.
Durante a manhã, em entrevista ao Timeline, da Gaúcha, a diretora de tratamento de Água e Esgotos do Dmae, Joicineli Becker, atribuiu o problema à dificuldade no escoamento da água da chuva, dada a obstrução de bueiros com areia, lixo e outros tipos de sujeira.
? Com o nível da chuva, depois de tantos dias de inundação, as redes de escoamento estão obstruídas. Estamos vendo o acúmulo de água da chuva ? destacou.
Além disso, o Dmae informou que a Estação de Bombeamento de Água Pluvial (Ebap) 12, que deveria retirar a água da região, está operando com capacidade reduzida.
? Naquele momento em que tivemos a subida rápida das águas, no início da crise, tivemos uma parada em todas as casas de bombas da região. Hoje não. O bombeamento está acontecendo. De forma reduzida, porque a 12 está com limitações de energia para aumentar o bombeamento ? ressaltou.
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