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RIO GRANDE DO SUL

Quase 3.000 médicos se inscrevem para atuar como voluntários no RS em ação do CFM

A iniciativa ocorre no momento em que há um temor que as consequências das enchentes causem uma onda de doenças como leptospirose, hepatite A e doenças respiratórias

Publicada em 20/05/2024 às 16:20h

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Marina
cresol

Quase 3.000 médicos se inscrevem para atuar como voluntários no RS em ação do CFM
© Global Imagens  (Foto: foto reprodução)

 Quase 3.000 médicos de todo o país se inscreveram para atuar como voluntários no atendimento das vítimas das chuvas do Rio Grande do Sul, em uma campanha promovida pelo CFM (Conselho Federal de Medicina) e conselhos regionais.

A iniciativa ocorre no momento em que há um temor que as consequências das enchentes causem uma onda de doenças como leptospirose, hepatite A e doenças respiratórias, além de superlotação de hospitais e postos de saúde no RS.

Dos 2.804 médicos inscritos até a última sexta (17), a maior parte deles é de São Paulo (738), Minas Gerais (329) e do próprio Rio Grande do Sul (264), segundo dados divulgados pelo CFM.

A maioria (1.498) tem até 35 anos de idade e 1.600 (57%) são mulheres. Há médicos habilitados para os atendimentos básico, especializado, em UTI e medicina legal, entre outros. Além disso, 59% têm experiência em calamidade pública.

Na sexta, o presidente do CFM, José Hiran Gallo, entregou a lista dos médicos inscritos ao ministro da Defesa, José Múcio Monteiro. O governador Eduardo Leite (PSDB) também recebeu uma cópia da lista. A ideia é que eles cuidem da logística (deslocamento, hospedagem, alimentação, suporte operacional, entre outras) desses profissionais.

Em relação às especialidades dos inscritos, mais de 150, por exemplo, são especialistas em cirurgia-geral e 200 em clínica geral. Pouco mais de um quarto (26%) disse ter disponibilidade imediata para iniciar os trabalhos voluntários e 28% dentro de uma semana.

Os médicos também informaram o tempo que podem ficar atuando no Rio Grande do Sul: 28% por até 15 dias; 10% por até 30 dias; e 18% por tempo indeterminado.

Para facilitar a atuação dos médicos voluntários, o CFM emitiu uma circular, dispensando a solicitação de visto temporário para os médicos de fora do Rio Grande do Sul. É uma situação de excepcionalidade.

O visto temporário é um instrumento exigido, normalmente, de médicos que vão atuar por até 90 dias em um estado onde não mantem inscrição em CRM.

No caso dos médicos voluntários para atuar no Rio Grande do Sul, será necessário apenas o envio de um e-mail, pelo profissional, ao conselho regional de origem (onde mantenha sua inscrição principal) para comunicação da sua atuação.

O número de médicos inscritos no CFM não contempla outros voluntários que já foram para o RS por conta própria ou por meio de outras entidades médicas.

Além dessa iniciativa do CFM, o Ministério da Saúde também começou a convocação de voluntários para atuação no Rio Grande do Sul por meio da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS).

Para isso, é obrigatório que o profissional tenha vínculo público municipal, estadual ou federal. Além disso, é necessário comprovar cinco anos de experiência em atendimento de emergência pré-hospitalar móvel e fixo e hospitalar. Veja aqui os critérios.

No caso de aeromédicos, é exigido diploma de medicina ou enfermagem com regularidade no conselho de classe. O interessado deve possuir Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para tripular aeronave (macacão com tecido anti chama, cadeirinha com mosquetão, freio 8, capacete, luvas de raspa e botas).

A partir desta segunda-feira (20), novos voluntários da Força Nacional do SUS chegarão ao estado. No início do trabalho da Força na região, em 5 de maio, a equipe contava com cem profissionais. Com o reforço, esse número chegará a 202. A medida permitirá que equipes volantes, com médicos e enfermeiros, atuem simultaneamente em dez municípios prioritários.




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