Enquanto contabiliza prejuízos, Justiça Eleitoral diz que trabalha para realizar pleito no dia 6 de outubro; para alterar data, seria preciso aprovar emenda constitucional no Congresso
Assombrados com a destruição provocada pela enchente, políticos de diferentes vertentes ideológicas começaram a discutir o adiamento as eleições municipais no Rio Grande do Sul. A votação em que serão escolhidos os próximos prefeitos e vereadores das 497 cidades gaúchas está marcada para o dia 6 de outubro. O segundo turno, onde houver, para o dia 27.
Nos últimos dias, líderes de diferentes agremiações têm recebido telefonemas de correligionários de diferentes regiões do Estado para discutir a hipótese. O apelo não se restringe apenas aos pontos mais afetados, como a grande Porto Alegre ou o Vale do Taquari, já que praticamente todo o território gaúcho sofreu algum dano com o evento climático.
Parte dos presidentes dos maiores partidos do RS afirmaram concordar com o adiamento. Dos 10 dirigentes ouvidos, cinco manifestaram apoio à ideia e quatro disseram não ter posição firmada até o momento.
A última eleição municipal, em 2020, teve a data postergada para 15 de novembro, em razão da pandemia de covid-19. Para isso, foi necessário aprovar uma emenda à Constituição no Congresso Nacional.
Caso se decida pelo adiamento neste ano, o mesmo caminho terá de ser adotado. Se o pleito for remarcado para 2025, ainda será preciso prorrogar os mandatos dos atuais prefeitos e vereadores, que terminam em 31 de dezembro.