Em paralelo a uma catástrofe humanitária que já deixou mais de 80 vítimas fatais, a atividade econômica do Rio Grande do Sul também está de joelhos diante dos efeitos da chuva e das enchentes. Empresas e setores relevantes na composição da renda das pessoas paralisam as linhas de produção e anotam, desde já, o que devem ser os efeitos econômicos da crise, não só para o Estado, detentor do quarto maior Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, mas para todo o país.
Apenas 10 municípios, que figuram na lista dos mais afetados, responderam por 33,87% do PIB gaúcho em 2021, ano que que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a sua última base de dados
Na Região Metropolitana, somente Porto Alegre (14,03% de participação no PIB), Novo Hamburgo (1,73%), São Leopoldo (1,87%) e Canoas (3,78%) somam mais de um quinto da atividade econômica do Estado e têm suas participações comprometidas em razão das enchentes.
Na Serra, considerando só duas das mais afetadas e maiores cidades, essa participação no PIB é de 6,74%, resultado da soma entre Caxias do Sul (5,45%) e Bento Gonçalves (1,29%).
Há ainda a região Central com Santa Maria respondendo a 1,64% do PIB e as cidades do Vale do Taquari que, juntas, têm cerca de 13% na composição da atividade econômica do Estado e já deram demonstração de sua relevância para a formação de riqueza e renda no Rio Grande do Sul nos resultados do PIB de 2023, comprometido por outra tragédia registrada em 2023. Somente Lajeado tem quase 1% da economia do Estado dentro de seu território, hoje devastado pelas águas.