No mapa da soja no Rio Grande do Sul, apresentado no balanço da safra da Emater nesta terça-feira (5), fica evidente o trajeto traçado pelo grão. Espalhado por todo o Estado, o cultivo deixa uma marca mais forte na metade oeste. É nesse espaço que estão as maiores áreas. No atual ciclo, o espaço dessas lavouras teve um leve acréscimo, de 0,35%, somando 6,68 milhões de hectares. E a produção, se confirmados os prognósticos, chegará à nova marca histórica, com 22,2 milhões de toneladas, um aumento de 71,52% sobre a colheita passada.
— A soja caminha para o lado oeste. Tem se concentrado nessa região pelas características, o agricultor verifica que tem possibilidade, também com substituição de áreas de campo — explica Claudinei Baldissera, diretor técnico da Emater.
É nessa porção também que, na safra 2023/2024, estão os maiores rendimentos da cultura. A regional de Erechim da Emater projeta produtividade média de 3.823 quilos, ou 63,71 sacas de soja. Número 14,8% superior ao do Estado, que contabiliza 3.329 quilos por hectare (55,48 sacas). Logo em seguida vem Passo Fundo, com 3.817 quilos por hectare (e onde se insere a região onde é realizada a Expodireto Cotrijal). Performance que é atribuída ao clima.
— Houve uma distribuição de chuvas adequadas naquela região e solos bem propícios. Na medida em que tem uma boa condição hídrica, há um bom desenvolvimento da cultura — observa Baldissera, sobre o rendimento em Erechim.
Na comparação com a safra passada, ainda impactada pela estiagem, a produtividade média do Estado deu um salto de 70,83% (32,48 sacas por hectare ante as 55,48 de agora). O excesso de chuva trazido pelo El Niño afetou a largada do ciclo e, mais recentemente, foi a pouca chuva que preocupou os sojicultores, mas não a ponto de causar efeitos nos números, pelo menos no raio X apresentado na feira.