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RIO GRANDE DO SUL

Ex-secretária de Educação e outras 3 pessoas são presas por suspeita de corrupção na compra de material escolar em Porto Alegre

Reportagens do Grupo de Investigação da RBS (GDI) revelaram que materiais didáticos com valores que chegavam a R$ 100 milhões estavam estocados em um depósito da secretaria e também em escolas.

Publicada em 23/01/2024 às 16:17h

G1 rs


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Marina
cresol

Ex-secretária de Educação e outras 3 pessoas são presas por suspeita de corrupção na compra de material escolar em Porto Alegre
Livros, computadores e kits pedagógicos sem uso nas escolas municipais de Porto Alegre ? Foto: Reprodução/RBS TV  (Foto: foto reprodução)

A Polícia Civil prendeu temporariamente, durante operação na manhã desta terça-feira (23), quatro pessoas suspeitas de envolvimento em um esquema de corrupção para compra de materiais escolares pela Secretaria Municipal de Educação (Smed) de Porto Alegre. Entre elas, está a ex-titular da pasta, Sônia Rosa. Outros oito servidores foram afastados de suas funções por 180 dias.

Além da ex-secretária, foram presas Mabel Luiza Leal Vieira e Michelle Bartzen, servidoras públicas que atuavam na Smed quando Sônia era a titular, e Jailson Ferreira da Silva, representante comercial da editora que vendeu os materiais para a pasta. As três servidoras deixaram os cargos em junho de 2023.

Em junho de 2023, reportagens do Grupo de Investigação (GDI) da RBS revelaram que materiais didáticos estavam estocados em um depósito da secretaria e também em escolas. Chromebooks e milhares de livros estavam mal-acondicionados e sem uso. A aquisição teria sido com suposto direcionamento para o mesmo grupo econômico e o custo chegava a quase R$ 100 milhões.

Foram cumpridos 36 mandados de busca e apreensão no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro e Maranhão. Dez veículos e sete imóveis foram indisponibilizados pela Justiça.

De acordo com a 1ª Delegacia de Polícia de Combate à Corrupção (DPCC) do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), a suspeita é de fraudes licitatórias, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

A polícia explicou que as prisões temporárias são válidas por 5 dias, podendo ser prorrogadas, e servem para que as investigações sejam aprofundadas. Os quatro presos devem ser interrogados e, depois, encaminhados para uma casa prisional.




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