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RIO GRANDE DO SUL

Fora das penitenciárias, mas não dos negócios: PCC e CV mantêm alianças com facções no RS

Ministério da Justiça aponta que organizações criminosas de SP e RJ têm células em prisões de todo o país, exceto RS e Amapá; entretanto, firmam conexões com grupos gaúchos para negócios ilícitos

Publicada em 21/12/2023 às 13:22h

Gaúcha ZH


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Marina
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Fora das penitenciárias, mas não dos negócios: PCC e CV mantêm alianças com facções no RS
 (Foto: foto reprodução)

Estudo do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) produzido pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) aponta que as duas mais expressivas organizações criminosas do país, o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), mantêm células em penitenciárias de 25 dos 27 Estados brasileiros, exceto no RS e no Amapá.

Para o secretário da Segurança Pública do Rio Grande do Sul, Sandro Caron, os dois grupos incluídos no estudo do governo federal não teriam interesse em empreender operações em território gaúcho, sobretudo, pela posição geográfica do Estado. 

— A grande operação destas facções nacionais não é o varejo da droga. Embora controlem o tráfico no centro do país, o principal negócio delas é a venda de cocaína em grandes quantidades, da Colômbia, do Peru e da Bolívia, para a Europa, tendo como pontos logísticos os portos de Santos (SP) e do Nordeste — explica Caron.

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Isso não significa, de acordo com o secretário, que estas organizações não tenham ambição de ampliar seu espectro territorial avançando operações em solo gaúcho.

— Não baixamos a guarda nunca. Há permanente monitoramento realizado pelo nosso setor de inteligência, que identifica a existência de conexões em negócios ilícitos. Em nossa visão, já passou da hora de uma ação integrada entre União e Estados para enfrentar estes grupos que, na verdade, são transnacionais, extrapolando os limites do território brasileiro — analisa Caron.

A Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe) foi convidada a analisar as informações do relatório. Porém, após três dias de reiterados pedidos, não respondeu aos questionamentos apresentados pela reportagem de GZH.




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