Foram presas em Porto Alegre, na manhã deste terça-feira (19), 22 pessoas por suspeita de tráfico de drogas e homicídios. O grupo também é investigado por supostamente ter dominado um condomínio de moradias populares na Zona Sul da cidade e expulsado moradores.
A Polícia Civil diz ainda que o grupo planejava ataques a policiais militares em Porto Alegre. Foram cumpridos mandados de prisão e busca e apreensão também em cidades da Região Metropolitana e em cadeias do estado. A polícia apreendeu dinheiro e armas como fuzis, metralhadoras e granadas.
"A investigação dura mais de um ano. Apuramos que vários moradores do bairro Hípica, sobretudo deste condomínio, estavam sendo coagidos, ameaçados e muitos deles foram expulsos por traficantes locais, liderados por um indivíduo que havia sido preso em um resort de luxo na Bahia e estava recolhido no sistema carcerário gaúcho. Esses locais eram obrigados a ser cedidos para o tráfico de drogas", explica o delegado Alencar Carraro.
Um advogado do grupo também foi alvo de busca, teve sua licença da OAB cassada e a posse de arma de fogo suspensa. Segundo a polícia, ele "orientava o armazenamento de drogas e a distribuição de armas de fogo" do grupo.
"Esse advogado, mesmo prestando assessoria jurídica aos componentes que eram presos, tudo ele relatava ao líder dessa facção criminosa que estava no sistema carcerário. Ele excedia o assessoramento jurídico e praticava o tráfico de drogas, orientava o armazenamento e a distribuição de armas de fogo. A participação dele ficou clara", diz o delegado.