O advogado e jornalista gaúcho Celso Adão Portella morreu há cerca de sete anos e foi vítima de traumatismo craniano causado por queda da própria altura. As informações foram confirmadas pela Secretaria de Segurança Pública em coletiva de imprensa, na manhã desta segunda-feira (18). O corpo do idoso, que atualmente teria 80 anos, foi encontrado dentro de uma mala em uma geladeira de um apartamento durante uma ordem de despejo, no dia 20 de setembro deste ano. A companheira dele, uma técnica de enfermagem, de 37 anos, foi indiciada por ocultação de cadáver e maus-tratos contra a filha dela.
Ainda segundo o diretor, a perícia não determinou se houve ou não homicídio. "A perícia não é capaz de informar se essa queda foi espontânea, ou seja, se ele escorregou e caiu, ou se ele foi empurrado. Vale ressaltar que ele era uma pessoa com mobilidade reduzida, visto que já possuía uma enfermidade no joelho, fato que gerou o implante de uma prótese. Possuía também diagnóstico de doença de Parkinson, o que também contribui para a perda de mobilidade".
Segundo a perícia, o idoso caiu, bateu a cabeça, e entrou em um chamado 'intervalo lúcido'. "É o tempo em que o sangue começa a se acumular na caixa craniana. Quando chega no momento em que o sangue já é vultoso, ele gera um processo intracerebral, que gera o coma, e em seguida, a morte", explicou Barros.
Não foi encontrado vestígio de formol no corpo e a polícia acredita que o que contribuiu para a contribuiu para a conservação do corpo foi a temperatura da geladeira, além da mala fechada. Para o diretor do IML, o trabalho pericial desenvolvido em torno do caso foi um dos mais complexos em Sergipe.