“A maior tragédia natural que se tem registro no Rio Grande do Sul em perda de vidas”, resumiu o governador Eduardo Leite nesta quarta-feira, em entrevista coletiva no auditório do prédio 7 da Universidade do Vale do Taquari (Univates), em Lajeado. Com 31 mortes confirmadas até o momento e incontáveis prejuízos, especialmente nos municípios banhadas pelo rio Taquari, foi difícil ao governo até mensurar o tamanho dos estragos.
“Infelizmente mais óbitos podem ser constatados em razão do quadro e criatividade do que se vivenciou”, comentou. Leite esteve acompanhado dos ministros Waldez Góes, da Integração e do Desenvolvimento Regional, e Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social, prefeitos da região, deputados, secretários estaduais e demais autoridades.
Questionado sobre os recursos necessários para reconstrução dos locais afetados, Leite disse que é cedo para mensurar, mas estimou em “dezenas de milhões de reais”. Hoje mesmo, deve haver uma reunião entre a Casa Civil e a Assembleia Legislativa para alinhar possíveis apoios, somados aos R$ 5 milhões já anunciados pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS). O governador exibiu ainda dados atualizados hoje pela manhã pelo próprio governo, os quais mostravam que 70 municípios haviam reportado problemas pelos temporais e enchentes, assim como mais de 52 mil afetados no total
Pimenta afirmou que nunca havia visto um evento com uma “marca tão violenta”. “Certamente vimos realmente algo como se fosse um cenário de guerra, de destruição total. Isto nos dá ainda mais energia com as esferas do poder e os voluntários para que possamos restabelecer as famílias nos primeiros dias”, afirmou ele. Já Góes resumiu a tragédia como “desafiadora”. “Temos muito trabalho pela frente, especialmente os desafios dos eventos climáticos ainda acontecendo”, pontuou o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional.