A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) está em processo de instalação de 20 novas estações meteorológicas pelo Rio Grande do Sul e revitalização das já existentes. As instalações têm o objetivo melhorar previsões e serviços disponíveis ao setor agropecuário e devem ser terminadas ainda no início deste mês. Após esse processo, o Estado, antes com 30 estações, vai aumentar sua estrutura de monitoramento climático em 40%. “O que muda é que quando esse processo for terminado o Rio Grande do Sul vai ter 50 estações próprias operando normalmente, diariamente, com informações disponíveis on-line”, descreve o coordenador do Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro-RS), Flávio Varone.
“Nós nunca tivemos isso no Estado: uma rede de estações tão robusta, própria, da Secretaria da Agricultura”, completa Varone. De acordo com ele, até o final do ano, a equipe pretende ter 100 estações instaladas, ao todo. Para isso, mais 48 estações já foram adquiridas e vão ser instaladas ao longo do ano. Ele menciona que o projeto de revitalização e ampliação da rede está em pauta desde a criação do Simagro-RS, em 2019, mas não tinha recursos, o que ocorreu apenas com as liberações de orçamento do Programa Avançar.
Varone enfatiza a importância dessa ampliação neste momento de estiagem no Estado. “O papel dessas estações é extremamente importante porque o governador verá dados de várias regiões do Rio Grande do Sul, de praticamente todas as regiões”, afirma. De acordo com ele, as estações vão mostrar mais claramente quais são os problemas em relação à falta de água e como isso vai afetar as principais culturas no Rio Grande do Sul. “Aí nós vamos estar gerando algumas ferramentas em que o gestor, o produtor, vai ter um suporte para a tomada de decisão dele, então é essencial ter um adensamento maior da rede e um número maior de sítios de coletas de dados”, explica.
O papel do Simagro-RS é gerar produtos específicos para a agropecuária, tanto com as estações quanto com a produção de previsões e índices que o produtor pode utilizar, como previsões de melhores horários e condições meteorológicas para a aplicação do agrotóxico hormonal 2,4 D e a previsão de áreas onde pode ocorrer a ferrugem asiática. “Então é um um sistema que vem para ajudar o produtor com informações mais detalhadas, e aí o produtor faz essas medidas preventivas dentro da sua propriedade”, afirma. “Nós, que trabalhamos direto com o setor agropecuário, precisamos de informações não só de água, mas também de temperatura, pressão, vento, radiação e vamos ter uma rede muito densa a partir de agora”, finaliza.
