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RIO GRANDE DO SUL

Porto Alegre fechou 2022 como a terceira cesta básica mais cara do país

No ano passado, o valor da cesta básica aumentou nas 17 capitais onde o Dieese realiza mensalmente a pesquisa

Publicada em 11/01/2023 às 08:25h

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Marina
cresol

Porto Alegre fechou 2022 como a terceira cesta básica mais cara do país
 (Foto: Reprodução da web)

Em dezembro, Porto Alegre fechou o ano como a terceira cesta básica mais cara do país, de acordo com pesquisa realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O valor fechou em R$ 765,63, uma retração de 2,03% em relação ao mês de novembro que registrou o valor de R$ 781,52. 

Dos 13 produtos pesquisados, 12 registraram aumento de preço: a batata (49,02%), a farinha de trigo (35,78%), a banana (31,37%), a manteiga (22,43%), o leite (22,11%), o café (20,58%), o pão (19,48%), o tomate (17,01%), o arroz (10,07%), o óleo de soja (3,67%), a carne (2,70%) e o açúcar (0,22%). O único item que ficou mais barato foi o feijão (-9,73%).

Oito dos 13 produtos da cesta básica apresentaram alta de preço entre dezembro de 2021 e o mesmo mês de 2022, em todas as capitais: leite integral, pão francês, café em pó, banana e manteiga, farinha de trigo e batata - ambas pesquisadas nas regiões Centro-Sul - e farinha de mandioca, no Norte e no Nordeste. Já o óleo de soja subiu em 16 cidades e o arroz em 15.

De acordo com o Dieese, os aumentos de preços, em geral acima da média da inflação, obrigaram as famílias brasileiras, por mais um ano, a substituir alimentos habitualmente consumidos por outros mais baratos ou similares. “A ausência de políticas - de estoques reguladores, de subsídios aos preços dos produtos ou mesmo a falta de investimento em agricultura familiar - fez com que a trajetória dos preços continuasse em alta”, destaca. 

Cesta básica aumenta em todas as 17 capitais

Em 2022, o valor da cesta básica aumentou nas 17 capitais. As altas mais expressivas, quando se compara dezembro de 2021 com o mesmo mês de 2022, foram registradas em Goiânia (17,98%), Brasília (17,25%), Campo Grande (16,03%) e Belo Horizonte (15,06%). Já as menores taxas acumuladas foram as de Recife (6,15%) e Aracaju (8,99%).

Em dezembro de 2022, o maior custo do conjunto de bens alimentícios básicos foi observado em São Paulo (R$ 791,29), depois em Florianópolis (R$ 769,19) e Porto Alegre (R$ 765,63). Entre as cidades do Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é diferente das outras capitais, Aracaju (R$ 521,05), João Pessoa (R$ 561,84) e Recife (R$ 565,09) registraram os menores valores.

Salário mínimo ideal

Em dezembro de 2022, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 122 horas e 32 minutos. Em novembro, a jornada necessária foi calculada em 121 horas e 02 minutos. Em dezembro de 2021, a média foi de 119 horas e 53 minutos. 

De acordo com o departamento, quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em dezembro de 2022, 60,22% do rendimento para adquirir os mesmos produtos que, em novembro, demandavam 59,47%. Em dezembro de 2021, a média foi de 58,91%.




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