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RIO GRANDE DO SUL

Câmara de Porto Alegre aprova projeto em prol de pesquisas sobre uso medicinal da cannabis

Leonel Radde (PT) é autor do Projeto de Promoção e Incentivo a Pesquisas Sobre o Desenvolvimento e os Usos de Cannabis

Publicada em 22/12/2022 às 13:56h

Reprodução da web


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Marina
cresol

Câmara de Porto Alegre aprova projeto em prol de pesquisas sobre uso medicinal da cannabis
Já são 18 produtos medicinais derivados da maconha com comercialização aprovada no país, mas preço e burocracia dificultam acesso - Divulgação/Abrace  (Foto: Reprodução da web)

A Câmara de Vereadores de Porto Alegre aprovou, nesta terça-feira (21), o Projeto de Lei 186/21, que cria o Projeto de Promoção e Incentivo a Pesquisas Sobre o Desenvolvimento e os Usos de Cannabis. De autoria do vereador Leonel Radde (PT), a proposta visa beneficiar pacientes de diversas doenças dando início a pesquisas no município que visem dar acesso à medicações à base da planta através do SUS.

"O objetivo deste projeto de lei é promover a pesquisa sobre os usos de uma planta que possui uma série de estigmas e tensionamentos ao seu respeito. A maconha ainda é considerada uma droga ilícita no Brasil, mas são muitos os estudos científicos que comprovam a eficácia da substância no tratamento de doenças como autismo, epilepsia, TDAH, TOC, síndrome de Tourette, Alzheimer, Parkinson, fibromialgia, insônia e dependência química em cocaína e crack", explica o vereador, que recorda que estados como o Distrito Federal, Rio Grande do Norte, Pernambuco aprovaram projetos similares.

Entre os objetivos estão o estímulo à produção de pesquisas científicas direcionadas aos pacientes que utilizam cannabis para tratar e amenizar sintomas de patologias; o incentivo à realização de pesquisas sobre os potenciais do uso industrial de cannabis; e a divulgação científica sobre os usos e o desenvolvimento de cannabis por meio da produção de pesquisas científicas que visem a orientar pacientes e seus familiares acerca da dosagem e da qualidade dos remédios importados ou produzidos no país, a fim de assegurar o controle de qualidade desses produtos.

Além disso, visa fornecer apoio ao associativismo para a produção de cannabis para doação às instituições de pesquisa, com a devida autorização da Anvisa, ou com as famílias que possuam autorização judicial para cultivar dentro das suas casas.

Conforme a proposta, o Executivo Municipal terá a responsabilidade primordial pela implementação do projeto, respeitadas suas capacidades estatais. Será realizado em parceria com diferentes instituições de pesquisa, entidades, associações, universidades, grupos e núcleos de pesquisa e demais segmentos da sociedade civil organizada, que igualmente poderão auxiliar na avaliação e no monitoramento do projeto. 

Produtos medicinais à base de cannabis autorizados

Em maio deste ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aumentou para 18 o número de produtos medicinais à base de cannabis autorizados no Brasil. Oito são à base de extratos de Cannabis sativa e dez do fitofármaco canabidiol. Após a decisão, os produtos feitos com cannabis para uso medicinal podem ser vendidos em farmácias no Brasil ou importados.

É importante ressaltar que os produtos só são vendidos com receita médica, e não são considerados medicamentos porque, segundo a Agência, ainda faltam testes clínicos que comprovem sua eficácia, porém a ONU inseriu a Cannabis na lista das plantas que têm propriedades medicinais reconhecidas.

O preço do óleo, atualmente, depende do local da compra, quantidade, fabricação e da concentração de Canabidiol (CBD) e do Tetrahidrocanabinol (THC). Pode variar de R$ 200 a R$ 4 mil por frasco, que pode conter de 10 a 30ml. Dependendo da dosagem a ser indicada, um frasco pode durar entre 15 dias a dois meses.

No entanto, ele pode ser fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Para isso, é preciso cumprir os requisitos de o produto a ser receitado pelo médico ter que fazer parte da lista de aprovados e liberados pela Anvisa para venda no Brasil; o paciente tem que comprovar que não tem capacidade financeira de custear o Canabidiol; e que não exista outro medicamento na lista de cobertura do SUS que seja igualmente eficaz ao Canabidiol. Para isso, o médico deve fazer um laudo explicando a situação, o estágio da doença e necessidade do produto.

Tentativa de restrição pelo Conselho Federal de Medicina

Em outubro, resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) tentou restringir ainda mais o uso de cannabis para fins terapêuticos. Vigorou por 11 duas a normal que determinava que o Canabidiol só poderia ser prescrito quando tratamentos convencionais tivessem falhado e para tratar de três condições de saúde bastante específicas: as síndromes de Dravet e Lennox-Gastaut e o complexo de esclerose tuberosa.

Após protestos contra a decisão do CFM, presidido pelo bolsonarista José Hiran da Silva Gallo, a resolução foi derrubada.

* Com informações da Câmara de Vereadores de Porto Alegre




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