O advogado Paulo Amador Cunha Bueno, que representa o ex-presidente Jair Bolsonaro no caso da tentativa de golpe de Estado, afirmou que Bolsonaro não tinha a obrigação de denunciar o plano golpista.
— É crível que as pessoas o abordassem com todo tipo de proposta, é fato que ele (Bolsonaro) não aderiu. (...) Não era obrigação dele denunciar — declarou Bueno em entrevista ao programa Estúdio i, da GloboNews, na tarde desta sexta-feira (29).
Em relatório de 884 páginas divulgado na terça-feira (26), a Polícia Federal (PF) apontou o ex-presidente como o mentor da empreitada golpista. Para a PF, Bolsonaro “planejou, atuou e teve o domínio de forma direta e efetiva dos atos executórios realizados pela organização criminosa que objetivava a concretização de um Golpe de Estado e da Abolição do Estado Democrático de Direito”.
O advogado afirmou ainda que o ex-presidente jamais cogitou dar um golpe de Estado, e que o que foi conversado na época foram medidas judiciais.
— Boa parte (das informações) não era do conhecimento dele. Ele passou a ser pressionado após as eleições — completou.