Com as condições adequadas do clima, começou finalmente a dragagem emergencial do canal de Itapuã, onde navios vinham encalhando. A foto foi enviada à coluna pelo secretário estadual de Logística e Transportes, Juvir Costella. A circulação de embarcações pesadas é para ser liberada em cinco dias, enquanto o processo completo deve durar três meses.
Para agilizar o serviço, foi usada verba da Portos RS, que será compensada pelo repasse do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs), criado com o recurso do pagamento da dívida do Estado com a União suspenso após a enchente. O custo da dragagem é de R$ 8,8 milhões, pagos conforme são retirados os sedimentos acumulados no fundo do rio.
Aliás, como a coluna noticiou mais cedo, foi publicada no Diário Oficial do Estado a liberação dos R$ 731 milhões para a dragagem das hidrovias do Rio Grande do Sul. O dinheiro veio do Funrigs. Na sequência, a Portos RS fará a contratação das outras dragagens emergenciais, dos canais de Pedras Brancas, São Gonçalo, Feitoria e Leitão. Segundo o presidente Cristiano Klinger, o restante precisará de uma batimetria — medição dos sedimentos que precisam ser retirados.
— E a dragagem do porto de Rio Grande será depois do verão, conforme determina licença do Ibama — explica Klinger, que integra a missão gaúcha aqui na Ásia.
As "estradas de água" já estavam com a manutenção atrasada há anos, situação que piorou com a enchente. O governo federal chegou a anunciar que repassaria o recurso financeiro ao Estado, via Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit), o que não ocorreu.