Após quase quatro meses desde o início das enchentes, o RS tem 3,5 mil animais resgatados em 45 abrigos. Na manhã desta segunda-feira (26), o governo do estado anunciou um programa para a adoção desses animais.
Entre as ações, está a campanha 'Adote um bichinho da enchente', que será veiculada até o dia 27 de setembro. As informações podem ser obtidas no site da campanha. A orientação para quem deseja adotar é:
Para quem mora no Rio Grande do Sul, escolher o animal e se dirigir até o abrigo para buscá-lo.
Para quem reside em Santa Catarina, Paraná e São Paulo, o governo faz o transporte por via terrestre. As cidades para desembarque são Florianópolis/SC, Curitiba/PR e Cotia/SP.
Em Porto Alegre, são 1,4 mil animais resgatados em 20 abrigos. Canoas tem outros 1,2 mil animais em sete locais.
O governo também anunciou a implementação de um programa emergencial de apoio aos cães e gatos que estão em abrigos e a contratação de consultoria especializada para o desenvolvimento de políticas públicas em prol dos animais.
Serão R$ 7,2 milhões destinados aos 95 municípios em situação de calamidade por conta das cheias que atingiram o RS. Do total, R$ 5,6 milhões irão para um auxílio mensal para as prefeituras no valor de R$ 188,85 por animal abrigado ou acolhido — para alimentação, cuidados veterinários e insumos.
A outra parte, R$ 1,6 milhão, será para controle populacional de animais, com serviços como esterilização e microchipagem.
O governo anunciou ainda a contratação de uma assessoria técnica para criação de políticas públicas pós-enchente voltadas aos animais. O instituto realizará coleta de dados, visitas técnicas e elaborará pesquisas e relatórios. O investimento será de R$ 540 mil para um período de nove meses.
Em junho, o Piratini chegou a elaborar um projeto que pagaria um incentivo de R$ 450 para pessoas que adotassem animais que foram acolhidos em abrigos após a enchentes. A proposta teve repercussão negativa entre entidades que atuam em benefício de cães e gatos e não foi enviada à Assembleia Legislativa.