Vinte e seis dias depois de ser fechada para pousos e decolagens, a pista do aeroporto Salgado Filho está praticamente seca. A parte que ficou mais tempo alagada, próximo da BR-116, aparenta ter sofrido mais com a inundação.
Esse trecho do asfalto está esfarelando. A constatação ocorreu nesta quarta-feira (29), durante visita do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, ao terminal de Porto Alegre.
- O problema foi na parte mais antiga (da pista). A parte nova (que a Fraport concluiu em 2022), aparentemente sofreu menos - diz fonte que teve acesso à estrutura.
Antes da inundação, a Fraport estava trocando o asfalto da pista. Ainda não é possível saber se essa intervenção pode estar relacionada com este aparente problema identificado nesta quarta-feira.
A constatação oficial sobre a pista, porém, ainda não ocorreu. Somente após uma análise do solo mais profunda é que será possível dizer quão comprometida ficou a estrutura e quanto tempo será necessário para recompor o pavimento.
- Não sabemos ainda (se vai aumentar o prazo). Será necessário avaliar a situação embaixo da pista - comentou o técnico que foi ao local.
O Salgado Filho ainda não tem previsão de reabrir. Na semana passada, a Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) comunicou o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) da Aeronáutica que os voos estão suspensos pelo menos até 7 de agosto.
Porém, o governo federal trabalha com a possibilidade do aeroporto ficar mais tempo fechado. Para evitar transtornos maiores, a Base Aérea de Canoas passou a receber voos.
- O nosso aeroporto Salgado Filho, eu estimo que ele não volta a funcionar antes do prazo de seis meses - disse o ministro da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico, Social e Sustentável (Conselhão) ocorrida no dia 16.