O setor superou, pela primeira vez, a marca de 51 milhões de usuários de planos de assistência médica em dezembro do ano passado. De acordo com o levantamento da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), somente no Rio Grande do Sul, são 2,6 milhões de beneficiários. Já os planos exclusivamente odontológicos registraram mais de um milhão de usuários gaúchos.
Os planos médico-hospitalares tiveram crescimento de 957,1 mil beneficiários em relação a dezembro de 2022. No caso dos planos exclusivamente odontológicos, ocorreu aumento de 2,4 milhões de beneficiários em 12 meses, totalizando mais de 32,6 milhões de usuários no ano todo.
Os dados por Estado mostram que, no comparativo com dezembro de 2022, o setor registrou aumento de beneficiários em planos de assistência médica em quase todas unidades federativas. Em dezembro de 2022, o Rio Grande do Sul tinha 2.579.092 assistidos. Já no último registro do ano passado, o número era de 2.619.144, representando um aumento de 1,5%. Ao total, o Estado conta com 400 operadoras ativas. No Brasil, são 677.
Entre os planos odontológicos, o Rio Grande do Sul é um dos Estados com maior crescimento em 12 meses. O número passou de 846.743 em 2022, para 1.024.446 em 2023. O serviço exclusivamente odontológico funciona como um plano de assistência médica comum, mas focado apenas em tratamentos dentários e bucais.
No cenário nacional, a faixa etária de 45 a 49 anos foi a que apresentou o crescimento mais expressivo na assistência médica, com 240,7 mil novos beneficiários nos últimos 12 meses, seguida pela faixa de 40 a 44 anos (183,2 mil novos beneficiários). No caso dos planos odontológicos, essas faixas também foram as que registraram as maiores expansões: de 281,1 mil assistidos, para a de 45 a 49 anos, e de 253,9 mil usuários, para a de 40 a 44 anos.
"Esse crescimento no número de beneficiários de planos de saúde acompanha um movimento de aquecimento da economia do país, já que dados preliminares apontam para um crescimento do PIB do Brasil na casa dos 3%, em 2023”, ressaltou o diretor de Desenvolvimento Setorial da ANS, Maurício Nunes.
Ele destacou também que 1,9 milhão de empregos formais foram gerados entre janeiro e novembro do ano passado no país, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). “Isso reflete diretamente no aumento do número de beneficiários nos planos coletivos empresariais, que passou de 34,8 milhões, em janeiro de 2023, para 36 milhões, em dezembro".