O presidente Lula (PT), em entrevista no documentário "8/1: A Democracia Resiste", da GloboNews, afirmou que as investigações sobre a tentativa de golpe bolsonarista de 8 de janeiro de 2023 não podem parar até que os financiadores dos criminosos sejam devidamente identificados: "não pode parar a investigação enquanto a gente não descobrir quem financiou, porque isso não foi de graça. Isso teve gente que financiou".
Lula ainda falou sobre não ter decretado uma GLO (Garantia da Lei e da Ordem) naquele domingo, optando por fazer uma intervenção na Segurança Pública do Distrito Federal. "Foi a Janja que me avisou: 'não aceita GLO porque GLO é tudo o que eles querem, é tomar conta do governo'. Se eu dou autoridade para eles [militares], eu tinha entregado o poder para eles", contou o presidente.
Diante da invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília, militares e o ministro da Defesa, José Múcio, cobraram a decretação de uma GLO. O presidente, no entanto, bateu na mesa e declarou: "disse que não ia ter GLO". >>> "Garantir a democracia exige o julgamento e punição dos chefes do golpe", diz Gleisi Hoffmann
O presidente assistiu de Araraquara - para onde tinha viajado para prestar solidariedade às vítimas de uma enchente que atingiu a cidade - os atos criminosos dos bolsonaristas e, de lá, passou a coordenar uma resposta aos golpistas. Foi uma "pequena operação de guerra", descreveu, antes de avaliar que as "pessoas que estavam comandando a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) eram favoráveis ao golpe". Ele ponderou, no entanto: "as pessoas mais sérias não brincaram em serviço. As pessoas mais sérias tomaram as posições que tinham que tomar e restabelecemos a normalidade. Tem muita gente que está na mira e pode ficar certo que vai ser encontrado, é apenas uma questão de tempo".