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2023 foi um ano de ameaças à paz e da gestação de mudanças profundas nas relações internacionais

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursa na abertura da 78ª Assembleia Geral da ONU - 19.09.23 (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

Publicada em 29/12/2023 às 14:32h

Brasil 247


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Marina
cresol

2023 foi um ano de ameaças à paz e da gestação de mudanças profundas nas relações internacionais
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursa na abertura da 78ª Assembleia Geral da ONU - 19.09.23 (Foto: Ricardo Stuckert / PR)  (Foto: foto reprodução)

O ano de 2023 ficará marcado na história como um período de graves ameaças à paz e da gestação de mudanças profundas nas relações internacionais, redefinindo equilíbrios de poder e colocando em xeque a superpotência norte-americana como força imperialista hegemônica. O avanço da multipolaridade se destacou como um dos elementos centrais deste cenário em constante evolução. Nesse quadro, um dos acontecimentos mundiais de relevo, com alcance estratégico e histórico, é a volta do Brasil ao cenário internacional, o retorno da voz ativa e altiva do gigante do Cruzeiro do Sul ecoando de novo em todas as latitudes uma mensagem de paz, igualdade entre as nações e multilateralismo genuíno, o que se tornou possível com a inauguração do terceiro mandato presidencial de Lula no primeiro dia do ano. 

 

Derrota das potências imperialistas na Ucrânia 

Um dos eventos mais impactantes é a derrota das potências ocidentais, lideradas pelos Estados Unidos, no conflito da Ucrânia. O embate chegou a um ponto decisivo em 2023, resultando em um revés significativo para o condomínio Estados Unidos-União Europeia-Otan, a despeito da maciça ajuda militar. Somente os Estados Unidos forneceram 112 bilhões de dólares e a Casa Branca enviou ao Congresso um pacote, que está pendente de aprovação, de mais 106 bilhões de dólares. Por sua vez, a União Europeia já despendeu 83 bilhões de euros para financiar o esforço de guerra do regime de Zelensky. Este gasto e as perdas econômicas geradas pelo aumento dos preços do gás russo acarretaram dificuldades econômicas consideráveis aos países ocidentais, principalmente europeus. Questões como inflação, desemprego e instabilidade financeira afetaram suas economias. A despeito de uma opinião pública mal formada pela desinformação e por campanhas de natureza russofóbica, o ambiente social às vésperas de completar-se dois anos da guerra, é de cansaço e percepção da  inutilidade do dinheiro gasto, quando sérias carências e desequilíbrios socioeconômicos se manifestam. Por outro lado, a Rússia conseguiu com engenho e habilidade contornar as gravíssimas sanções econômicas, manter e até desenvolver seu comércio internacional, captar investimentos e evitar a recessão.  




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