O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está empenhado em aumentar seu apoio na classe média ao advogar por alterações na tabela do imposto de renda para o ano de 2024, conforme relatam seus aliados. Durante a campanha eleitoral, o presidente comprometeu-se a, em seu terceiro mandato, elevar a faixa de isenção atual para pessoas físicas de R$ 2.640 para R$ 5 mil.
A proposta visa não apenas atender a uma promessa de campanha, mas também fortalecer o respaldo do presidente entre os contribuintes de renda média, um setor significativo da população brasileira. A intenção é que essa medida, se implementada, beneficie diretamente a classe média, proporcionando-lhe um alívio fiscal substancial.
Para avançar com a agenda legislativa, Lula planeja reunir o núcleo político da Esplanada dos Ministérios em janeiro do próximo ano. O objetivo é destacar temas prioritários e organizar um documento que será entregue à liderança do Congresso Nacional em fevereiro, no retorno das atividades parlamentares.
Além da reforma na tabela do imposto de renda, o compilado de propostas incluirá a regulamentação da reforma tributária sobre o consumo e projetos de lei relacionados a uma reforma administrativa. A iniciativa do presidente envolve apresentar dois projetos de lei específicos: um abordando o fim dos supersalários e outro focado na reestruturação das carreiras públicas, segundo aponta reportagem da CNN.
Os aliados do presidente enfatizam que essas medidas não apenas atendem a promessas de campanha, mas também buscam conquistar um maior respaldo popular, especialmente entre os eleitores de renda média. O ano de 2024, marcado por disputas municipais, suscita preocupações sobre a viabilidade política de reformas impopulares, e a estratégia de Lula evidencia sua busca por apoio em setores-chave da sociedade.