No primeiro ano de seu mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) efetuou trocas pontuais e ajustes em ministérios. Agora, ele se prepara para uma reforma ministerial mais abrangente no início de 2024. Este movimento surge como uma estratégia para o segundo ano de mandato, que coincide com as eleições municipais, um período que tende a reconfigurar o cenário político. Essas informações foram reportadas inicialmente pelo Metrópoles.
Durante o primeiro ano, Lula focou em avaliar o desempenho de cada ministro, prometendo substituir aqueles que não atendessem às expectativas. Em uma reunião recente, realizada no último dia 20, todos os 38 ministros apresentaram um balanço de 2023 e delinearam suas metas para 2024. Lula fez apenas uma troca de ministro nos primeiros seis meses, substituindo o chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) em maio. Outras mudanças ocorreram ao longo do ano, incluindo substituições no Ministério do Turismo e outras pastas.
Para 2024, uma das primeiras alterações será no Ministério da Justiça, devido à aprovação de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF). Além disso, o presidente estuda dividir essa pasta em duas: uma dedicada à Justiça e outra à Segurança Pública. O ministro da Defesa, José Múcio, é outra possível baixa, tendo já sinalizado sua intenção de deixar o cargo.
Alguns ministros estão sob maior escrutínio, como Luciana Santos (Ciência e Tecnologia), cuja posição no governo tem sido questionada. A presença de ministros como Fernando Haddad (Fazenda), Nísia Trindade (Saúde) e Camilo Santana (Educação) parece mais segura, dada a sua importância para o presidente.
O governo Lula também criou um novo ministério, o Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, para acomodar Márcio França (PSB), um movimento que reflete o contínuo ajuste na composição ministerial.
Além das mudanças ministeriais, o governo enfrenta pressões devido à redução do número de mulheres em cargos de ministério, bem como demandas do movimento negro e do Centrão por maior representatividade e cargos. Estes desafios destacam a complexidade da gestão política no atual cenário brasileiro.