Em entrevista coletiva na manhã desta quarta (19), em Bruxelas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o documento adicional que a União Europeia entregou em março sobre o acordo do Mercosul era agressivo e que "não vai ceder".
Lula disse que enviará uma nova carta à UE em duas semanas e que está otimista com a resposta. O documento europeu previa sanções econômicas ao Brasil caso o país não cumprisse metas ambientais.
Falou também sobre as compras governamentais, outro motivo de imbróglio para o acordo. A Europa queria incluir no acordo que as empresas estrangeiras pudessem entrar em pé de igualdade com as nacionais nas licitações do governo brasileiro.
Lula descartou a ideia e disse que compras governamentais são "um instrumento de desenvolvimento interno" para pequenas e médias empresas e que, portanto, não pode abrir mão desse potencial.