Nos últimos cinco anos, o número de mulheres encarceradas no Rio Grande do Sul aumentou em 25,14%, enquanto o aumento entre os homens foi de 12,53%. No entanto, as mulheres representam apenas 5,8% da população total de presos no estado, com um total de 2.494 detidas em comparação com 40.353 homens.
A maioria das mulheres está presa por delitos relacionados ao tráfico de drogas. Especialistas afirmam que o encarceramento de mulheres está diretamente relacionado à atuação de homens no mundo do crime. As prisões masculinas estão superlotadas, o que resulta na liberação antecipada de homens, enquanto as prisões femininas têm capacidade para receber as detidas, permitindo que elas permaneçam mais tempo no regime fechado.
No entanto, as mulheres enfrentam uma série de desigualdades e problemas no sistema carcerário, incluindo a imposição de prisões preventivas excessivas e a falta de aplicação de medidas alternativas para gestantes e lactantes.