No dia em que desapareceu, a enfermeira Priscila Leonardi Ferreira, 40 anos, deixou de comparecer a pelo menos um compromisso importante e relacionado aos assuntos que motivaram a visita dela ao Brasil. Priscila saiu de Dublin, na Irlanda, onde vivia desde 2019, para Alegrete, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul.
Era uma tarde de segunda-feira, em 19 de junho, quando Priscila faltou à reunião com o advogado Rafael Hundertmark de Oliveira. O profissional defende a enfermeira no processo de inventário do pai dela e em outras ações cíveis.
- Ela não apareceu e não avisou que faltaria. Me causou estranheza. Ela era extremamente pontual nas reuniões - diz Oliveira.
Acredita-se que, já naquela tarde, Priscila estivesse passando por problemas que consumiram seu tempo. À noite, ela foi vista pela última vez, saía da casa que era do seu falecido pai, no bairro Vila Nova. Hoje, residem no local familiares, entre eles um primo seu.
Naquela noite de junho, Priscila embarcou em um veículo de cor preta que ela teria chamado para fazer o deslocamento. Depois disso, ficou desaparecida até o dia 6 de julho, quando um pescador avistou seu corpo boiando no Rio Ibirapuitã, preso em galhos junto à margem.
O local é de difícil acesso, mas é próximo da casa de onde ela havia saído na última vez que foi vista. O cadáver já estava em decomposição e tinha sinais de espancamento. A perícia apontou que ela foi morta por estrangulamento.
- No dia 20, mandei mensagem no WhatsApp para pedir documentos e o perfil dela já estava sem foto. A mensagem não foi recebida - relata o advogado.
O caso é investigado pela delegada Fernanda Graebin Mendonça, da 1ª Delegacia de Polícia de Alegrete, que pôs o inquérito em sigilo.