Morreu em Porto Alegre, aos 70 anos, nesta quinta-feira, o músico instrumentista, compositor e intérprete Luiz Carlos Borges, um dos nomes mais conhecidos e respeitados do nativismo gaúcho. Internado no Complexo da Santa Casa desde o fim de março, ele não resistiu a uma cirurgia para conter um aneurisma de aorta. O velório será aberto ao público no Theatro São Pedro, em Porto Alegre, nesta quinta-feira, das 9h às 18h. Natural de Santo Ângelo, Borges participou e venceu festivais de música regional, como o Musicanto Sul-Americano, onde também atuou como jurado, idealizador e organizador, em Santa Rosa. Com quase 60 anos dedicados à música e 35 discos lançados, animou bailes, durante duas décadas, ao lado do grupo familiar “Irmãos Borges”, e estreou carreira solo a partir da composição “Tropa de Osso”, premiada na 9º edição da Califórnia da Canção Nativa de Uruguaiana, em 1979.
A partir daí, começou a tocar por diversas regiões brasileiras e países da América do Sul, Europa, Ásia e América do Norte, levando na bagagem mais de uma centena de prêmios conquistados em festivais como compositor, intérprete, instrumentista e arranjador. No dia em que chegou ao último aniversário, em 25 de março, Borges postou em redes sociais: “Alegria! 70 anos de vida, 60 anos deles grudados na cordeona. A festa começou ontem e segue hoje (por aqui estou) no Rancho Tabacaray com El Topador esperando os amigos! Gracias Los Corrales pela parceria na pilcha!”.
Borges é formado em Música e em sua trajetória profissional assumiu cargos como assessor de Cultura e Turismo das cidades de São Borja e Santa Maria. Em 1983, como Secretário de Cultura, idealizou e desenvolveu o Festival Musicanto Sul-Americano de Nativismo em Santa Rosa.