Um advogado pró-armas acabou sendo baleado por um disparo acidental da própria arma de fogo enquanto acompanhava a mãe durante um exame de ressonância magnética na tarde desta segunda-feira (16) em São Paulo.
O advogado, Leandro Mathias de Novaes, de 40 anos, que costuma postar conteúdos pró-armas na rede social TikTok, continua internado na UTI em estado grave.
A SSP-SP (Secretaria da Segurança Pública de São Paulo) explicou ao portal UOL que o boletim de ocorrência aponta que a arma do advogado disparou sem qualquer movimento intencional. "Quando a máquina do procedimento foi acionada, o magnetismo puxou a arma que estava na cintura de Leandro e disparou, atingindo o homem na região do abdômen", afirmou a secretaria.
Antes de entrar na sala de exames, Mathias assinou um termo de ciência sobre os protocolos para entrar nas salas onde são realizados esse tipo de exame, o que inclui a obrigatoriedade de retirada de todos os objetos metálicos das roupas e do corpo. Ele não mencionou que portava uma arma de fogo.
Por meio de nota para a Folha de São Paulo, o Grupo Cura disse que, assim que o acidente aconteceu foram prestados todos os socorros e a polícia acionada.
"Tanto a paciente como o acompanhante foram devidamente orientados quanto aos procedimentos para acesso à sala de exame", explica a nota, que destaca que, "mesmo diante dessas orientações, a arma de fogo não foi mencionada pelo acompanhante, que entrou com o objeto na sala de exame por sua decisão".
Ainda de acordo com o UOL, a arma estava registrada em nome do advogado e ele teria autorização para o porte.
O caso foi registrado como disparo de arma de fogo pelo 14º DP (Distrito Policial), que requisitou perícia técnica ao IC (Instituto de Criminalística).
De acordo com um funcionário do escritório de advocacia de Leandro, o advogado sofreu um "acidente" e está hospitalizado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
"Ele [Leandro] passou por um procedimento cirúrgico ontem e passará por uma nova cirurgia amanhã cedo, mas ele se encontra na UTI e o quadro clínico é grave."
Já o Hospital São Luiz Itaim informou que "tem por política não divulgar informações clínicas sem autorização do paciente ou familiares".