As especulações dos últimos dias foram confirmadas: a cantora Margareth Menezes anunciou nesta terça-feira (13) que será a nova ministra da Cultura. Ela aceitou o convite feito pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Após conversar com Lula e confirmar que assumirá a pasta, a artista disse que ficou surpresa ao ser escolhida.
"Recebo isso como uma missão, até por que foi uma surpresa pra mim, também, meu processo, entendendo o lugar dessa minha representação e entendendo também a necessidade de a gente fazer uma força-tarefa para a gente levantar o Ministério da Cultura", afirmou, em rápida conversa com jornalistas nesta terça, em Brasília.
O Ministério da Cultura foi extinto pelo então presidente Michel Temer (MDB) logo que ele assumiu o governo após o golpe contra a ex-presidenta Dilma Rousseff (PT). Temer chegou a recriar o ministério após pressões, mas a pasta voltou a ser extinta no governo de Jair Bolsonaro (PL).
"O presidente [Lula] disse que para ele é de uma importância muito grande, e que ele está querendo fazer um Ministério da Cultura forte para atender aos anseios do povo da cultura, do povo do Brasil, pelo potencial que nossa cultura tem", disse a futura ministra.
Margareth Menezes afirmou ainda que vai se cercar de uma equipe técnica e, antes de assumir, "vamos parar e estudar tudo".
"Agora é isso: juntar todo mundo, ouvir todo mundo, para levantar o ministério e trazer a cultura do Brasil para o lugar que ela merece, de reconhecimento, como sempre foi; reconhecida no mundo inteiro, nacional e internacionalmente, todas as áreas da cultura, as culturas populares", destacou.
Em postagem no Instagram, Lula agradeceu à cantora por ter aceitado o convite e lembrou o desmonte dos últimos anos. O petista prometeu "honrar nosso compromisso de reconstruir e fortalecer o setor".
Repercussão
A confirmação da nova ministra da Cultura repercutiu nos meios político e cultural. O cantor Carlinhos Brown desejou sorte à amiga e prometeu: "vamos juntos".
A deputada federal reeleita Benedita da Silva (PT-RJ) destacou a importância da escolha de uma mulher negra para o posto, e ofereceu apoio no Congresso.