Desde a última segunda-feira (31) grupos de direita passaram a ser retirados gradativamente do Telegram e do WhatsApp. A eliminação dos grupos passou a ser feita após decisão tomada pelo ministro Alexandre de Moraes para evitar a propagação de mensagens “que incitem grave perturbação de ambiente democrático” e instiguem “a intervenção militar ou a aplicação desvirtuada do artigo 142 da Constituição”.
A decisão do presidente do TSE foi aprovada por unanimidade no plenário poucos dias antes do segundo turno das eleições. No dia 28 de outubro, dois dias antes da eleição, Moraes declarou a remoção de dois grupos que juntos contavam com cerca de 180 mil inscritos. De acordo com Moraes, as mensagens veiculadas nos grupos incitavam agressões a adversários políticos, citações à destruição de urnas eletrônicas, suspeitas de irregularidades no processo eleitoral, ofensas a eleitores da Bahia, agressões a cientistas políticos e policiais federais, entre outros temas.
A remoção continua acontecendo devido às manifestações de tom antidemocrático que estão acontecendo por todo o Brasil. Nelas, apoiadores de Bolsonaro não aceitam os resultados das eleições, que contaram com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva, e pedem por uma intervenção militar.
É por meio desses aplicativos que os manifestantes e caminhoneiros conseguem se comunicar e transmitir diversas informações mentirosas, como o suposto fato de que houveram fraudes nessas eleições e que Jair Bolsonaro tem um plano para impedir que o comunismo chegue até o Brasil.
Até o momento, o Telegram não se manifestou a respeito das remoções, enquanto isso, o WhatsApp diz que: “cumprimos o banimento das contas e grupos indicados pelo TSE dentro do prazo estipulado”.
O TSE se comprometeu em continuar monitorando as redes de comunicação para evitar que projetos antidemocráticos e golpistas sejam espalhados até a posse de Lula no dia 1º de janeiro de 2023.